De acordo com novo estudo norte-americano publicado na segunda (11), alguns de nós podem estar geneticamente condenados a odiar vegetais. Tudo se deve a um gene, chamado TAS2R38. cuja ação faz com que o portador sinta um gosto amargo ao consumir esse tipo de alimento, como brócolis e couve-de-Bruxelas.
Segundo a pesquisa, apresentar o TAS2R38 resulta em uma chance 2,6 vezes menor de ingerir vegetais regularmente. Além disso, a diferença genética pode tornar os gostos de cerveja, café e chocolate amargo desagradáveis.
Assim, o genoma de uma pessoa pode influir — e muito — na sua alimentação, sobretudo levando em conta que nutricionistas recomendam a ingestão de diversas porções de vegetais todos os dias. Para sentir o gosto amargo, o indivíduo precisa herdar dos pais duas cópias do TAS2R38, que codifica uma proteína nas papilas gustativas da língua que sentem o gosto amargo.
A essas pessoas, os cientistas deram o nome de “super-tasters”, algo como “super-paladares”. O estudo levou em conta os relatos de 175 participantes e concluiu que aqueles com duas cópias do gene comiam apenas pequenas porções de vegetais folhosos.
Os pesquisadores afirmam que o trabalho é importante para ressaltar a importância de se considerar o gosto dos alimentos quando se recomenda algum tipo de dieta. Além disso, eles esperam que o artigo abra espaço para que se explore alternativas que diminuam a sensação de amargor para essas pessoas, permitindo que elas ingiram a quantidade adequada de vegetais.