Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

Gelo no Ártico tem menor extensão já registrada para janeiro

Área diminuiu 260.000 de km² em comparação a janeiro de 2016 e 1,26 milhão de km² em relação a média para as três últimas décadas

Por Da Redação Atualizado em 4 jun 2024, 19h55 - Publicado em 10 fev 2017, 09h13
  • Seguir materia Seguindo materia
  • A extensão marítima do gelo no Ártico teve o menor comprimento já registrado, em janeiro de 2017, se comparado ao mesmo mês de anos anteriores. A informação foi divulgada nesta terça-feira pelo Centro Nacional de Dados sobre Neve e Gelo dos Estados Unidos (NSIDC, na sigla em inglês). A área atual, de 13,38 milhões de quilômetros quadrados, é a menor desde que a coleta de dados por satélite se iniciou, há 38 anos.

    Segundo a agência americana, a plataforma de gelo diminuiu 260.000 quilômetros quadrados desde janeiro de 2016 e 1,26 milhão de quilômetros quadrados comparado à média de 1981 a 2010. Até 2017, a taxa de redução, em uma escala linear, era de 47.400 quilômetros quarados por ano, o equivalente a 3,2% por década.

    Como é inverno na região, o gelo deveria crescer. No entanto, ele estagnou na segunda semana de janeiro e sua borda recuou dentro dos mares de Barents, na costa oeste da Rússia; Kara, no norte da Sibéria e Ocótsqui, no leste da Rússia. Durante grande parte do mês, o gelo se estendia só até o norte do arquipélago norueguês de Esvalbarda, ao norte do país. Seu avanço foi barrado, principalmente, pelas águas quentes do Atlântico à oeste. Depois do dia 16, ele voltou a crescer, mas ainda abaixo da média para o mês.

    Nos últimos dias do período, o crescimento foi levemente maior que o registrado em 2006, um ano que também teve recordes de menor extensão do Ártico. O gelo avançou e foi identificado no nordeste e noroeste das ilhas de Esvalbarda. Mas, no dia 30, o aumento voltou a ficar abaixo de do ano em questão.

    Uma das razões para a drástica diminuição é que a temperatura neste janeiro esteve acima da média em quase todo o Oceano Ártico, seguindo um padrão que teve início no último outono do hemisfério norte. O ar no mar de Barents esteve 5°C acima da média de 1981 a 2010 e 4°C mais quente nos mares de Chukchi, entre a Rússia e o Alaska, e Siberiano Oriental, na costa nordeste da Rússia. Também esteve com temperatura mais alta no noroeste do Canadá. Apenas o noroeste da Rússia e o nordeste da Groenlândia tiveram temperaturas abaixo da média.

    Continua após a publicidade

    Segundo a análise de Richard Cullather, cientista da Nasa, o inverno no Ártico entre 2015 e 2016 foi o mais quente já registrado pelos satélites. Ainda não se sabe se o de 2017 irá bater o recorde, já que as condições costumam variar. No fim deste janeiro, o Oceano Ártico registrou temperaturas mais frias e fez com que o gelo da região chegasse a níveis acima dos registrados em 2006.

    Desgelo nos polos

    Cientistas do NSIDC já haviam identificado a diminuição do gelo no Ártico em dezembro de 2016. Somado a Antártida, a área derretida equivale ao tamanho da Índia. Os especialistas explicam que as razões para o fenômeno pode ser o acúmulo de gases de efeito estufa criados pelo homem, o fenômeno El Niño e oscilações naturais imprevistas.

    Na Antártida, também apareceram fendas nas placas de gelo, que crescem rapidamente. Caso as plataformas se rompam, elas darão origem a icebergs gigantes. Uma delas, tem 5.000 quilômetros quadrados, área equivalente ao Distrito Federal.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Semana Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

    a partir de 35,60/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.