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Geleiras do Himalaia podem perder 80% do volume ainda neste século

Moradores das montanhas já enfrentam consequências irreversíveis

Por Luiz Paulo Souza Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 21 jun 2023, 11h49 - Publicado em 21 jun 2023, 11h48

Os locais da Terra cobertos permanentemente por gelo, conhecidos como criosfera, são os mais afetados pelo aquecimento global. Um relatório divulgado nesta terça-feira, 20, revela que consequências irreversíveis das mudanças climáticas já estão sendo observadas nas geleiras do Himalaia

Os cumes congelados dão origem a 12 rios principais, responsáveis por prover água potável para 16 países asiáticos, o que corresponde a 240 milhões de pessoas vivendo nas montanhas e mais 1,6 bilhão vivendo ao longo dos corpos fluviais. O documento produzido pelo Centro Internacional para Desenvolvimento Integrados das Montanhas (Icimod) aponta que se os atuais níveis de emissão de gases do efeito estufa não forem revertidos, essas geleiras perderão 80% do seu volume ainda neste século.

“Mudanças sem precedentes e em grande parte irreversíveis na criosfera do Himalaia Hindu Kush, impulsionadas pelo aumento da temperatura global, ameaçam dois bilhões de pessoas e estão acelerando a extinção de espécies”, diz o site do Icimod.

O cenário, de fato, é assustador. As maiores perdas devem ocorrer apenas caso a tendencia atual se mantenha, mas mesmo que o aumento de temperatura em relação ao período pré-industrial se mantenham abaixo dos 2ºC, a redução de volume pode atingir os 55% – e isso já está sendo observado. Desde 2010, o derretimento ocorreu 65% mais rápido que nas décadas anteriores, o que coloca os moradores das regiões montanhosas sob alto risco de enchentes e avalanches cada vez mais frequentes. 

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O Himalaia não é o único local afetado. Relatórios anteriores apontam que o Monte Everest, por exemplo, sofreu o equivalente a 2000 anos de perda de gelo em apenas 3 décadas. Na Suécia, as geleiras já perderam metade do seu volume desde 1930 e o derretimento continua aumentando em velocidades recordes. 

As perdas que já ocorreram até aqui são irreversíveis e o impacto nas comunidades locais é mais que certo. É possível, entretanto, evitar que consequências mais graves sejam enfrentadas se o aquecimento global se limitar aos 1,5 ºC determinados pelo Acordo de Paris. Resta saber se as autoridades internacionais começarão a tomar medidas mais efetivas para respeitar o tratado e as próximas gerações.

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