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Garota tem colapso pulmonar após gritar muito em show de boyband

A menina, de 16 anos, chegou à emergência de um hospital com três problemas diferentes no órgão. Médicos publicaram um estudo sobre o caso

Por Da redação
Atualizado em 13 out 2017, 16h53 - Publicado em 13 out 2017, 12h25

Uma garota de 16 anos chegou à emergência de um hospital no Texas, nos Estados Unidos, com um colapso pulmonar e outras duas condições agravantes após gritar muito no show da boyband britânica One Direction. O caso incomum foi objeto de um estudo divulgado na última semana no periódico The Journal of Emergency Medicine, embora os autores não mencionem quando ocorreu o espetáculo, uma vez que a banda está sem se apresentar desde 2016. Os médicos ficaram impressionados devido à gravidade do caso e ao fato de que a jovem não tinha histórico de problemas pulmonares. É o primeiro registro de um episódio semelhante na literatura médica.

A menina apresentava grande falta de ar, mas não sentia dor ou outros sintomas. Os médicos também afirmaram que a jovem não tinha dificuldade respiratória e que não notaram nenhum ruído anormal enquanto ela respirava. Um exame físico, porém, revelou uma pista de qual poderia ser o problema – era possível ouvir um som “crocante” ao pressionar os dedos contra o pescoço e o peito da jovem. Este sintoma é chamado de enfisema subcutâneo e ocorre quando o ar respirado vai para dentro do tecido que fica logo abaixo da pele. Quando você pressiona, as bolhas de ar são estouradas, causando esse som característico.

Um raio-X confirmou a existência de enfisema subcutâneo no espaço entre a faringe e o pescoço, além das cavidades no peito. Também era possível observar um colapso pulmonar, que ocorre quando o ar fica preso no espaço entre as paredes da região peitoral e o próprio pulmão, geralmente após atividades como levantamento de peso intenso ou mergulho. Essas  três condições diferentes, segundo os médicos, já são difíceis de serem observadas em consultório isoladamente. “A combinação desses três diagnósticos nunca havia sido descrita na literatura médica”, escrevem os autores no estudo.

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Caso incomum

O mistério de como a jovem conseguiu desenvolver as três condições simultaneamente, no entanto, persistia. Os especialistas realizaram uma tomografia computadorizada para investigar se havia algum buraco no trato respiratório que pudesse ter permitido a passagem do ar para essas regiões incomuns, mas nenhum sinal foi encontrado. Como o paciente tinha diabetes tipo 1, os médicos pensaram que outra possibilidade seria uma ruptura no trato respiratório, causada pelas respirações profundas que pessoas com essa condição podem apresentar quando o açúcar no sangue for muito alto e provoca cetoacidose (estado que ocorre quando o sangue fica muito ácido). Porém, testes de açúcar no sangue revelaram que a menina não tinha cetoacidose.

A principal suspeita, então, é que a jovem tenha um orifício muito pequeno em algum lugar do trato respiratório que só se abre quando uma força muito grande é aplicada (como gritar excessivamente no show de sua banda favorita) e depois se fecha quando o esforço chega ao fim. Os médicos, no entanto, não puderam verificar com certeza essa hipótese – mas, considerando que as causas mais graves foram eliminadas, o diagnóstico de exclusão não deve representar uma ameaça à vida da garota.

O tratamento para colapsos de pulmão leves, como o que a jovem americana apresentou, geralmente consiste em um período de observação no hospital e fornecimento de oxigênio extra para ajudar órgão a se recuperar. A jovem pode voltar para casa já no dia seguinte. “Após um período de observação sem intercorrências com um estudo de radiografia de tórax repetido e sem alterações, o paciente foi dispensado no dia seguinte sem mais visitas para este problema”, observou a equipe no relatório.

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