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Estudo afirma que bebês são altruístas

Em pesquisa, norte-americanos testaram a vontade das crianças de dividir comida com um estranho, mesmo quando estão com fome

Por Sabrina Brito Atualizado em 4 fev 2020, 18h33 - Publicado em 4 fev 2020, 18h25
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  • Bebês
    Depois de 19 meses, grande parte dos bebês observados apresentou comportamento altruísta (sathyatripodi/Pixabay)

    Um estudo publicado nesta terça (4) apontou que bebês parecem ser capazes de comportamentos altruístas. A pesquisa, que envolveu quase 100 bebês de 19 meses de idade, foi veiculada no periódico científico Scientific Reports e liderada por pesquisadores da Universidade de Washington (EUA).

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    O altruísmo já foi observado em alguns animais, como morcegos, que dividem a comida com outros membros da espécie quando estes passam fome. No entanto, ações do tipo nunca haviam sido observadas em primatas em fase tão inicial da vida.

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    Assim, os cientistas montaram um cenário em que o bebê tinha à disposição algumas frutas, como bananas, uvas e mirtilos. A ideia era verificar se ele se disporia a dar comida a um estranho — no caso, um dos pesquisadores —, sem ser encorajado.

    O pesquisador, sentado à frente da criança em uma mesa, mostrava a ela um pedaço de fruta. Caso o bebê estivesse em um primeiro grupo selecionado para a avaliação, o “de controle”, o cientista colocava a comida em uma bandeja no chão dentro do alcance da criança e ficava parado, esperando a sua ação. Já no outro grupo, o pesquisador fingia derrubar a fruta na bandeja e tentava recuperá-la, sem sucesso.

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    A intenção dos cientistas era de que o adulto parecesse querer a fruta nesse último caso, enquanto, no primeiro, estaria indiferente à comida. A descoberta foi de que apenas 4% das crianças no grupo de controle pegava a fruta e a devolvia ao pesquisador. No outro, a taxa de bebês que devolveu a comida foi de mais de 50%.

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    Na segunda parte do experimento, outras crianças foram observadas. Seus pais as levaram até o local da pesquisa logo antes de uma refeição ou lanche que seus bebês estavam acostumados a fazer — ou seja, quando provavelmente estivessem famintos.

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    A diferença entre esse teste e o primeiro é de que, neste caso, haveria um, digamos assim, custo para a criança que resolvesse devolver a fruta: ela continuaria passando fome. Desse modo, os pesquisadores queriam verificar se o comportamento de ajudar o próximo seria reproduzido até mesmo quando resultasse em uma consequência negativa para o bebê.

    Os resultados foram impressionantes: enquanto nenhuma criança do grupo de controle ofereceu a comida de volta ao cientista, 37% dos bebês do outro grupo o fizeram.

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    Assim, os pesquisadores afirmam ter descoberto raízes do comportamento altruísta já no início da infância. A esperança a longo prazo, de acordo com o que escrevem no artigo, seria descobrir o que motiva o altruísmo em bebês e desenvolvê-lo precocemente, para que tenhamos pessoas cada vez mais solidárias na sociedade.

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