Em 2021, Museu de História Natural de Londres catalogou 552 novas espécies
Pesquisadores encontraram seis novos dinossauros, centenas de crustáceos e outros animais
Apesar das restrições de viagens e visitas a sítios arqueológicos causadas pela pandemia, o Museu de História Natural de Londres anunciou que 552 novas espécies foram identificadas e catalogadas por seus pesquisadores em 2021. As descobertas vão de pequenos invertebrados aquáticos a gigantescos carnívoros que andaram na Terra há milhões de anos.
Seis novos dinossauros foram descritos pelos cientistas, quatro deles descobertos no Reino Unido. Dois carnívoros provenientes da Ilha de Wright foram identificados como espinossauros e apelidados de “caçador da margem do rio” e “garça do inferno” e representam as principais novidades. O mais antigo anquilossauro, descoberto na África, um novo iguanodonte de focinho pouco comum, um saurópode da China e o primeiro carnívoro encontrado na Inglaterra completam a lista.
Outros fósseis estudados incluem algas, aracnídeos presos em âmbar, um antigo crocodilo herbívoro e dois mamíferos, um deles da família dos roedores que viveu originalmente no Caribe, e o outro um tipo de “rato jurássico” achado na Escócia que vivia ao redor dos pés de dinossauros há 166 milhões de anos.
A maior parte das descobertas está relacionada ao grupo de crustáceos conhecidos como copépodes, que compõem a fauna dos invertebrados marítimos. Com uma aparência semelhante aos camarões, essas criaturas são fundamentais para a ecologia e o ciclo de carbono do planeta, e constituem a maior parte do zooplâncton, servindo de alimentos para peixes, crustáceos e outros invertebrados. Em 2021, 291 novas espécies foram identificadas.
Outras descobertas incluem 90 besouros, 52 vespas, 13 mariposas, sete caranguejos, seis moscas e cinco anfípodes (outro tipo de crustáceo). Cinco novas plantas, oito algas, seis vermes parasitários e três diatomáceas (algas unicelulares) também foram descritas. Outras 10 novas espécies de anfíbios e répteis foram identificadas, incluindo uma cobra catalogada com a ajuda de uma pintura de 185 anos. Uma espécie de sapo, natural do leste africano, foi dada como extinta. O último espécime foi visto em 1962.
Durante o período de isolamento, muitos pesquisadores se debruçaram sobre coleções guardadas em museus. Foi assim que conseguiram identificar descobertas mais antigas que estavam fechadas em depósitos. De acordo com o museu, em um cenário em que a temperatura do planeta não para de aumentar, é crucial catalogar o máximo de criaturas vivas – e extintas – para entender o papel de cada uma no funcionamento do nosso ecossistema.