Em 1908, Sibéria sofreu com pior impacto de asteroide já registrado
'Evento de Tunguska' provocou choque equivalente a 185 bombas de Hiroshima
![Imagem do evento Tunguska, ocorrido em 1908 na Sibéria](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/05/tunguska-evento-1908-original1.jpeg?quality=90&strip=info&w=1040&h=585&crop=1)
O maior impacto já registrado de um corpo celeste aconteceu em 1908, também na Rússia, onde nesta sexta a queda de um meteorito deixou quase mil pessoas feridas. Foi o chamado ‘Evento de Tunguska’, nome de uma inóspita região da Sibéria, inacessível até a década de 1920. O asteroide não chegou a tocar o solo, mas deixou um raio de destruição e gerou uma onda de calor sentida a mais de 60 quilômetros de distância. O impacto da velocidade com que o asteroide se aproximou da Terra foi suficiente para destruir 1.200 quilômetros quadrados de floresta – mais de 8 milhões de árvores. Os tremores causados pelo choque puderam ser sentidos na Inglaterra.
A primeira expedição que conseguiu chegar a Tunguska foi liderada por Leonid Kulik, em 1927. Depois de anos de estudos e debates, cientistas estimaram que o asteroide tinha 36,5 metros quadrados e entrou na atmosfera da Terra a uma velocidade de 54.000 quilômetros por hora. Durante a queda, ele atingiu o peso de 99 toneladas a uma temperatura de 24.700 graus Celsius. As condições de temperatura e pressão fizeram com que o asteroide, ao se fragmentar, virasse uma bola de fogo com energia equivalente a 185 bombas de Hiroshima.
![](https://msalx.vejasp.abril.com.br/2014/08/09/1108/asteroide-tabela-20130214-original.jpeg)