Elon Musk, CEO da SpaceX e da Tesla, e Robert Iger, CEO da Walt Disney, anunciaram a retirada do conselho empresarial da Casa Branca, após a saída dos Estados Unidos do Acordo do Clima de Paris, nesta quinta-feira. Musk havia ameaçado deixar o órgão ao longo da semana e, após a retirada do país do Acordo, que foi anunciada pelo presidente Donald Trump, o empresário declarou, em sua conta no Twitter que “as mudanças climáticas são reais” e que sair do acordo “não é bom nem para os Estados Unidos e nem para o mundo”.
Iger afirmou ter deixado seu lugar no conselho por “questão de princípios”. Ambos haviam assinado uma carta, divulgada em 10 de maio no jornal The Wall Street Journal, com outros 28 presidentes de grandes empresas americanas pedindo que Trump não abandonasse o Acordo, já que isso poderia prejudicar os negócios.
O grupo de consultoria empresarial do governo americano, foi criado por Trump logo após sua eleição com o objetivo de contar com a experiência do setor privado para desenvolver a economia do país. Além de Musk e Iger, também participam do conselho os CEOs do JPMorgan Chase, PepsiCo, General Motors, IBM e Walmart.
Empresários a favor do Acordo de Paris
Além dos líderes da SpaceX e da Disney, outros empresários, como Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, e Lloyd Blankfein, CEO do Goldman Sachs, também se pronunciaram contra a decisão de Trump.
O Acordo do Clima de Paris
O acordo, firmado em 2015 na capital francesa por quase 200 países, pretende limitar o aquecimento global e em grande parte se baseia no corte do dióxido de carbono e outras emissões resultantes da queima de combustíveis fósseis. Segundo o pacto, os Estados Unidos se comprometeriam a reduzir suas emissões em 26% a 28% dos níveis de 2005 até 2025.