Um novo estudo, publicado no último dia 6 no periódico científico Nature Astronomy, analisou anãs brancas em busca da origem do carbono na nossa galáxia. A pesquisa foi baseada em observações astronômicas conduzidas em 2018 em um observatório havaiano.
Ao final de suas vidas, cerca de 90% de todas as estrelas se transformam em anãs brancas, resquícios muito densos da matéria que compunha a estrela. Com o passar dos bilhões de anos, essa matéria esfria e torna-se progressivamente menos brilhante, até que a anã branca colapsa.
Antes disso, contudo, a estrela moribunda espalha suas cinzas, ricas em carbono, pelos arredores. Esse elemento é absolutamente essencial para todos os tipos de vida que conhecemos, tanto na Via Láctea quanto nas demais galáxias já observadas pelo homem.
Sabe-se há algum tempo que todo átomo de carbono no universo foi criado por estrelas, por meio da fusão de núcleos atômicos de hélio. Entretanto, ainda há certo debate sobre quais tipos de estrela representam a maior fonte de carbono na Via Láctea. O novo estudo pode ter colocado um ponto final na dúvida.
De acordo com os cientistas envolvidos na pesquisa, a análise dos céus permitiu concluir que são as estrelas de massa maior do que o dobro da massa solar que contribuem para a liberação de carbono na galáxia. Por outro lado, estrelas de massa menor do que 1,5 vez a massa do Sol não afetam a quantidade desse elemento encontrada na Via Láctea.