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Cientistas recebem Nobel de Química por estudos sobre evolução e proteínas

Frances H. Arnold, George P. Smith e Gregory P. Winter utilizaram enzimas e técnicas de clonagem para solucionar problemas químicos humanos

Por Da redação
Atualizado em 3 out 2018, 14h48 - Publicado em 3 out 2018, 07h00

Os americanos Frances H. Arnold e George P. Smith e o britânico Gregory P. Winter foram anunciados nesta quarta-feira ,3, como os vencedores do Prêmio Nobel de Química. Os cientistas estudaram a evolução genética e utilizaram seus princípios para desenvolver proteínas que ajudam a solucionar alguns dos problemas químicos do ser humano.

O comitê do Nobel destacou a capacidade dos pesquisadores em levar as descobertas de Charles Darwin sobre a evolução “para um tubo de ensaio”.

Arnold, apenas a quinta mulher a receber a honraria, é professora do Instituto de Tecnologia da Califórnia. Ela levará metade do prêmio de 4 milhões de reais por conduzir a primeira evolução dirigida de enzimas, proteínas que catalisam reações químicas.

Suas descobertas possibilitam a produção de substâncias químicas mais sustentáveis, além de combustíveis renováveis.

“Já podemos explorar os mecanismos da evolução para produzir coisas que o homem não sabe conceber”, afirmou em 2016 Frances Arnold, ao receber o prêmio Millenium Technology na Finlândia

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Já Smith e Winter dividirão a outra metade da premiação por seu trabalho na clonagem de peptídeos. Os peptídeos são formados pela ligação de dois ou mais aminoácidos.

O cientista americano é professor da Universidade de Missouri e desenvolveu um método de clonagem pelo qual um vírus pode ser utilizado para desenvolver novas proteínas. O método ficou conhecido como Tecnologia do Phage Display.

O britânico, da Universidade de Cambridge, utilizou a mesma técnica para produzir novos farmacêuticos que podem neutralizar toxinas, combater doenças autoimunes e curar o câncer metastático.

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O primeiro medicamento feito a partir desse método se chama adalimumab, foi produzido em 2001 e é usado para tratamento de artrite reumatoide, psoríase e doenças inflamatórias intestinais.

Winter desenvolveu seu trabalho no Laboratório de Biologia Molecular MRC de Cambridge. Esta é a 12ª vez que um trabalho criado nesse local ganha um prêmio Nobel.

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O prêmio é concedido pela Academia Real das Ciências da Suécia, em Estocolmo, capital sueca.

O prêmio de Medicina abriu na segunda-feira a rodada de anúncios da atual edição da prestigiada competição. Agora faltam os correspondentes ao da Paz, na próxima sexta-feira, e por último Economia, que será conhecido na próxima semana.

Na terça 2, foi anunciado o prêmio Nobel de Física, que também foi dividido entre três cientistas: um americano, uma canadense e um francês, por suas pesquisas no campo de física a laser.

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