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China quer concluir a construção de sua estação espacial em 2022

Para isso, promoverá mais de 40 lançamentos ao longo do ano, incluindo vários voos tripulados

Por Alessandro Giannini Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 6 jan 2022, 17h12 - Publicado em 6 jan 2022, 14h53
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  • A China quer assumir um papel de liderança na corrida espacial, à frente de Estados Unidos e Rússia. Por isso, no fim do ano passado, o país anunciou, por meio da Corporação de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (Casc), que concluirá a construção de sua estação espacial em 2022. Para isso, promoverá mais de 40 lançamentos ao longo do ano, incluindo vários voos tripulados.

    A agência espacial chinesa planeja lançar este ano duas missões tripuladas Shenzhou, duas espaçonaves de carga Tianzhou e os dois módulos adicionais da estação Tiangong. Chamados de Mengtian e Wentian, os módulos científicos irão se juntar ao módulo principal Tianhe, que atualmente abriga uma equipe de três pessoas. Outras missões incluem encontro orbital e atracação, atividades extraveiculares e retorno de espaçonave.

    O programa espacial da China está aumentando a cadência de suas missões na mesma medida em que busca seu papel de líder na exploração espacial. Atualmente, a bordo da Tianhe está a missão Shenzhou-13, que deve durar seis meses e é a mais longa da China desde que o país colocou um ser humano no espaço em 2003. Até agora, a tripulação conduziu caminhadas espaciais – incluindo a primeira por uma astronauta chinesa – e realizou nesta quinta-feira, 6, testes com o braço de serviço robótico.

    Os três astronautas – ou taikonautas, no jargão espacial – são a segunda tripulação a ocupar a estação, que após a conclusão pesará cerca de 66 toneladas, cerca de um quarto do tamanho da Estação Espacial Internacional (ISS), que lançou seu primeiro módulo em 1998 e pesa cerca de 450 toneladas. O programa espacial militar chinês foi barrado na ISS em razão de objeções dos EUA.

    A China também obteve sucesso com missões sem tripulação, e seu programa de exploração lunar causou sensação no ano passado, quando o Yutu 2 enviou fotos do que foi descrito por alguns como uma “cabana misteriosa”, mas provavelmente era apenas um tipo de rocha. O rover é o primeiro a ser colocado do lado escuro da Lua. Em dezembro de 2000, a sonda chinesa Chang’e 5 colheu rochas lunares e as trouxe para a Terra pela primeira vez desde a década de 1970. Outro rover chinês está em busca de evidências de vida em Marte.

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