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Cartas de Albert Einstein são leiloadas por US$ 210 mil

As peças consistiam em oito correspondências datilografadas assinadas pelo cientista, na década de 1950, com reflexões sobre a física, Deus e Israel

Por Da redação
Atualizado em 21 jun 2017, 10h16 - Publicado em 21 jun 2017, 10h15

Cartas escritas por Albert Einstein em que ele apresenta a colegas suas reflexões sobre a física, Deus e Israel, nos anos 1950, foram vendidas nesta terça-feira, num leilão em Jerusalém, pela soma de 210 000 dólares.

As oito cartas, escritas em inglês entre 1951 e 1954, em sua maioria endereçadas ao físico David Bohm, são assinadas por Einstein. Algumas delas têm anotações feitas à mão.

Na carta mais cara, vendida por 84.000 dólares, Einstein destaca que “se Deus criou o mundo, sua principal preocupação certamente não era torná-lo mais facilmente compreensível para nós”. Em outra, vendida por 50.400 dólares, ele discute a ligação elaborada por Bohm entre a teoria quântica e a teoria da relatividade.

“Eu devo admitir que eu não sou capaz de adivinhar como tal unificação poderia ser alcançada”, escreveu o físico. A carta datilografada ainda inclui uma equação escrita à mão com uma caligrafia caprichada.

David Bohm, nascido nos Estados Unidos e filho de pais judeus, trabalhou com Einstein na Universidade de Princeton antes de fugir para o Brasil. Ele perdeu seu posto na instituição devido à “caça às bruxas”, que perseguia comunistas nos Estados Unidos, promovida pelo senador americano Joseph McCarthy.

A casa de leilões Winners indicou que as cartas vêm do patrimônio da viúva de Bohm. Uma outra carta, de 1954, menciona a possibilidade de Bohm se instalar em Israel, país que havia sido fundado seis anos antes.

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Israel

Einstein, vencedor do prêmio Nobel de Física, que tinha recusado a oferta de virar presidente do novo Estado, em 1952, opinou que aquele não era o momento ideal para tomar essa decisão. “Israel pode ser viva e interessante no sentido intelectual, mas as possibilidade lá são muito reduzidas, e ir para lá com a intenção de partir na primeira oportunidade seria lamentável”, escreveu ele.

Em 1955, Bohm finalmente ocupou a cadeira de professor convidado no renomado instituto de tecnologia Technion, em Haifa, ao norte de Israel.

Einstein foi governador não-residente da Universidade Hebraica de Jerusalém. Em 1955, quando morreu, deixou para a instituição seus arquivos, a maior coleção de documentos seus no mundo.

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(Com AFP)

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