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Arqueólogos descobrem forte romano na Escócia

Estrutura fazia parte da Muralha de Antonino, construída do cinturão central escocês

Por Marília Monitchele Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 27 abr 2023, 14h54 - Publicado em 27 abr 2023, 14h42

Em 1707, o fisiologista e antiquário escocês Robert Sibbald, sugeriu que havia um forte romano em West Dunbartonshire, na Escócia. A hipótese se tornou quase lendária entre os arqueólogos. Isso porque, quase 300 anos depois da insinuação de Sibbald, nenhum traço da construção romana havia sido encontrado. Agora, graças a ajuda da tecnologia, pesquisadores puderam, enfim, confirmar a história quase mítica e, finalmente, encontrar a estrutura que muitos acreditavam ter se perdido no tempo. 

Como o forte não está visível acima do solo, os arqueólogos e historiadores empregaram a gradiometria magnética, que consiste em levantamento geofísico que mede pequenas variações no campo magnético da Terra para encontrar, sem a necessidade de escavação, objetos enterrados no subsolo. Com esse recurso, foi possível localizar uma estrutura de pedra, sobre a qual uma grande quantidade de turfa, composto orgânico gerado a partir da decomposição vegetal, foi empilhada para criar uma muralha com mais de um metro e oitenta de altura.

O forte foi descoberto através do uso de gradiometria, que usa pequenas variações no campo magnético da Terra para encontrar objetos enterrados no subsolo sem escavação -
O forte foi descoberto através do uso de gradiometria, que usa pequenas variações no campo magnético da Terra para encontrar objetos enterrados no subsolo sem escavação – (Historic Environment Scotland/Divulgação)

O forte teria sido construído no século II, por ordem do Imperador Antonino Pio, que governou de 138 a 161 d.C. A construção era ocupada por algumas dúzias de soldados, que se revezavam em escalas semanais. Além do muro propriamente dito, a estrutura teria dois pequenos prédios de madeira, que serviam de abrigo para os soldados durante o serviço. 

Apesar da aura lendária, o muro não é a primeira descoberta na região, que já mapeou outros 10 sítios arqueológicos semelhantes. Acredita-se, que aproximadamente 41 estruturas desse tipo compunham a chamada Muralha de Antonino, que tinha o objetivo de proteger as fronteiras mais ao norte do império. Pesquisadores sugerem que a fortificação de turfa e pedra foi construída para controlar populações indígenas fronteiriças e garantir uma vitória militar que pudesse ser creditada a Pio que, embora tivesse alçado ao posto de imperador, não tinha grande experiência bélica. 

O muro não foi muito longevo, tendo sido usado por aproximadamente 20 anos antes de ser abandonado, mas seu valor histórico, garantiu a inclusão no rol dos seis patrimônios mundiais da UNESCO na Escócia. E ilustra não apenas a capacidade militar do Império Romano, como seu conhecimento de engenharia. Mesmo depois de ter sido finalmente confirmado, o muro ainda reserva alguns mistérios. Por exemplo, até agora não se sabe quais foram os motivos que levaram a decisão de abandonar o forte. No entanto, a mais recente revelação pode marcar uma nova etapa para os conhecimentos que temos sobre um dos mais importantes impérios da história.

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