Um novo estudo, publicado hoje no periódico científico Nature Climate Change, aponta que o aquecimento global pode causar a extinção dos ursos polares mais rapidamente do que se pensava. Segundo o levantamento, se a emissão de gases de efeito estufa se mantiver constante durante as próximas décadas, esses animais provavelmente não existirão mais em 2100.
As projeções indicam que, já em 2040, os ursos polares passarão por dificuldades reprodutivas, levando a extinções regionais. A expectativa é de que o último reduto desses animais seja nas Ilhas da Rainha Isabel, no Canadá, caso não desaceleremos o aquecimento global. Estima-se que existam aproximadamente 26 mil ursos polares no planeta, espalhados por cerca de vinte regiões.
A vida desses animais é muito impactada pela mudança climática. Isso porque os ursos dependem do gelo que flutua na água para caçar focas. Conforme o gelo derrete devido ao aquecimento, esses seres perdem oportunidades valiosas de se alimentar. Resumidamente, sem o gelo, os ursos morrem de fome.
No ritmo em que estamos, as emissões de gases de efeito estufa esquentarão a Terra até um ponto em que esse gelo torne-se raro o suficiente para impedir a alimentação dos ursos polares. Assim, de acordo com a pesquisa, esses animais têm altas chances de serem extintos até o fim do século. A única esperança é diminuir — e muito — a quantidade de gases que lançamos à atmosfera.