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Crescer sem culpa; o agronegócio pode ser uma atividade sustentável

Estudo mostra que é possível triplicar a produtividade bovina brasileira sem aumentar o desmatamento

Por Jennifer Ann Thomas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 jun 2024, 15h49 - Publicado em 21 jun 2019, 07h00
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    MALTRATADO - O Cerrado: Código Florestal determina proteção de 20% a 35% em propriedade particular (Nelson Almeida/AFP)

    O Brasil tem mais de 240 milhões de hectares abertos para agricultura e pastagem — quase o equivalente ao território da Argentina. Restaurar e ampliar a capacidade produtiva do país sem que isso seja sinônimo de desmatamento é um grande desafio. Pesquisa desenvolvida ao longo dos três últimos anos pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) propõe uma engenhosa solução para o problema. Ela mostrou que adubar as ­áreas de pastagem com nitrogênio, obtido em insumos agrícolas compostos de ureia, pode triplicar a produtividade da bovinocultura brasileira.

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    “Precisamos pensar em uma solução para a produção animal que seja sustentável econômica e ecologicamente”, diz o zootecnista Ricardo Reis, coordenador do estudo. “Sem lucro, o produtor não vai fazer a conservação do solo. Sem floresta, não teremos agronegócio.” De acordo com o trabalho da Unesp, realizado no interior paulista, a fórmula ideal para melhorar a qualidade do pasto é a aplicação de 90 quilos de nitrogênio por hectare para cada 4,64 cabeças de gado. Com isso, os animais ficam bem nutridos — e de forma mais rápida. Os testes serão agora reproduzidos em outras regiões para que se entendam as necessidades específicas de cada local.

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    Em geral, o agronegócio chega a uma área preservada, desmata a vegetação para abrir campos de pastagem ou lavoura e, quando o solo se esgota, sai em busca de novas áreas, fazendo assim crescer o desmatamento. Segundo um relatório divulgado em 2016 pela FAO, entre 1990 e 2005, 71% do desmatamento na América do Sul foi motivado pela demanda por pastos. No Brasil, o índice chegou a 80%. Em decorrência sobretudo da expansão do agronegócio, o cerrado já registra devastação em 51% de sua área. Ao contrário da Amazônia, o cerrado não possui leis específicas de proteção, o que o deixa mais vulnerável. Daí a importância de pesquisas como a da Unesp, capazes de provar que crescimento não precisa, necessariamente, rimar com desmatamento.

    Publicado em VEJA de 26 de junho de 2019, edição nº 2640

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