É possível a pele artificial ir além das sensações da pele humana?

Pesquisadores desenvolveram modelo que detecta a maioria das informações de ações sem toque ou aproximação

Por Simone Blanes SEGUIR SEGUINDO Atualizado em 25 jan 2023, 16h59 - Publicado em 25 jan 2023, 16h58

Pele artificial: o material vai passar por estudos de compatibilidade com a pele humana e, após a confirmação, testes clínicos poderão ser realizados — PELE ARTIFICIAL: Para ser usada em pode ser usada em eletrônicos de engenharia de última geração, inteligência artificial, próteses e realidade aumentada (Divulgação/VEJA)

Em pesquisa publicada na revista Small, cientistas apresentaram uma pele artificial mais sensível do que a pele humana. “Ela tem capacidades de detecção superiores à pele humana. Detecta a maioria das informações de ações de toque e obtém informações cognitivas codificadas sem toque ou aproximação”, disse Yifan Wang, professor assistente da Nanyang Technological University, em Cingapura, e autor do estudo. “O trabalho pode levar a tecnologias de percepção robótica de última geração superiores aos sensores táteis existentes”, completou.

Segundo os pesquisadores, essa pele artificial terá uma série de aplicações, incluindo a manipulação de personagens de jogos virtuais, a navegação de mapas eletrônicos e a rolagem em documentos eletrônicos já que ela pode distinguir sinais distintos em diferentes alvos que se aproximam, tornando possível a identificação de objetos sem o toque.

O trabalho também fornece um aplicativo de prova para que um robô possa classificar materiais, incluindo polímeros, metais e pele humana, em um modo totalmente sem tocá-los. Os pesquisadores dizem ainda que essa pele artificial pode ser usada em eletrônicos de engenharia de última geração com potencial em interfaces homem-máquina, inteligência artificial, próteses e realidade aumentada.