Um dos executivos da Odebrecht mais próximos de Luiz Inácio Lula da Silva, Alexandrino Alencar disse aos procuradores da Lava-Jato que a empreiteira passou a fazer pagamentos a Frei Chico, irmão do ex-presidente, por indicação do próprio Lula. Segundo Alexandrino Alencar, antes de Lula chegar ao poder Frei Chico recebia para fazer a interlocução da Odebrecht com sindicatos. Depois que o petista assumiu o Planalto, para não criar embaraços para a empreiteira nem expor a relação, a Odebrecht passou a pagar “mesadas” a Frei Chico, sem que ele prestasse qualquer serviço para a empreiteira.
O irmão de Lula era tratado nas planilhas da propina da Odebrecht pelo codinome “Metralha”. Alexandrino Alencar diz que os pagamentos ao irmão do ex-presidente eram autorizados por Emílio Odebrecht, dono da companhia.
Outro funcionário da empresa, Hilberto Mascarenhas, um dos responsáveis pela distribuição de propinas, confirmou o relato de Alencar e deu outros detalhes.