Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Vereadora amiga de Marielle denuncia ameaças: ‘Volta pra senzala’

Talíria Petrone, parlamentar do PSOL em Niterói, recebe ataques como 'só matando mesmo' e 'vagabunda' por telefone e pelas redes socias

Por Estadão Conteúdo Atualizado em 20 mar 2018, 10h15 - Publicado em 20 mar 2018, 09h28

A vereadora Talíria Petrone (PSOL), mais votada de Niterói, na Grande Rio, afirma ter recebido várias ameaças de morte por telefone e pelas redes sociais. Única mulher na Câmara Municipal, negra e feminista, Talíria era amiga da vereadora Marielle Franco (PSOL) e apontada como sua sucessora natural dentro do partido.

Uma queixa foi feita pela parlamentar em novembro, na 76ª Delegacia de Polícia (Icaraí). O caso, porém, não teve desdobramentos. O PSOL avalia oferecer segurança à vereadora. Ela pode concorrer como vice na chapa do partido ao governo do Estado, encabeçada por Tarcísio Motta. Talíria ocuparia vaga planejada para Marielle. A investigação sobre essas ameaças podem ajudar na investigação do caso de Marielle, acreditam assessores do partido.

“Desde o início do mandato, numa Câmara majoritariamente conservadora, com muitos representantes da extrema direita, sofro ameaças”, contou. “Enfrento muitas reações: são ataques sistemáticos nas redes sociais, em que sou chamada de ‘vagabunda’, em que dizem que se me encontrarem na rua vão ‘meter uma bala na minha cara’, para eu ‘voltar pra senzala’.”

Depois, a hostilidade ficou mais visível. A sede do PSOL em Niterói foi invadida por um homem armado, que ameaçava a vereadora. Segundo assessores, latas de tinta são mantidas na sede só para apagar recorrentes pichações contra ela. Em eventos públicos são comuns xingamentos e ameaças como “só matando mesmo”.

Continua após a publicidade

“Mas chegou ao ápice em 14 de novembro, quando foram feitas ligações sistemáticas para a sede do PSOL, me chamando de ‘piranha’, de ‘vagabunda’, dizendo que iam explodir a sede do partido, me matar com uma bomba”, contou Talíria.

Maré

Professora de História e mestranda em Serviço Social, Talíria começou sua militância na época em que dava aulas no pré-vestibular no Complexo da Maré, zona norte carioca. Ali conheceu Marielle. As duas tinham pautas muito parecidas.

Na sua primeira candidatura, foi a vereadora mais votada de Niterói. Talíria, a exemplo da amiga, preside a Comissão dos Direitos Humanos na Câmara. Nela, já fez inúmeras denúncias de violência policial. “Essas bandeiras que levantamos mexem muito com as estruturas da sociedade, são consideradas uma afronta por muitas pessoas.”

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.