Vale diz que irá repassar R$ 100 mil a cada família de morto em tragédia
Após a morte de 65 pessoas por causa de rompimento de barragem em Brumadinho (MG), companhia anuncia outras três ações para amenizar efeitos do acidente
Após o rompimento de uma barragem que matou ao menos 65 pessoas em Brumadinho (MG), a Vale anunciou nesta segunda-feira, 28, quatro medidas para tentar amenizar os impactos da tragédia, incluindo o repasse de 100 mil reais para cada família dos mortos. “Não tem nada a ver com indenização”, disse Luciano Siano, diretor-executivo de finanças e relação com investidores da companhia.
Segundo o executivo, também serão contratados profissionais do Hospital Albert Einstein para o atendimento psicológico dos atingidos pela tragédia.
Outra medida anunciada foi a implementação de uma cortina de contenção no rio Paraopeba – bastante atingido pela lama que vazou da barragem – para garantir a captação de água no município de Pará de Minas, em Minas Gerais. A companhia também informou que vai manter o pagamento de impostos para Brumadinho.
“Essas são ações secundárias neste momento. Ainda precisamos encontrar uma solução que atenda a todas as partes envolvidas”, disse.
Questionado sobre se há alguma ligação entre o acidente de Brumadinho e o de Mariana (MG), ele disse que as duas barragens foram construídas com método montante, que não é mais utilizado. Ele permite que o dique inicial seja ampliado para cima quando a barragem fica cheia, utilizando o próprio rejeito do processo do minério como fundação da barreira de contenção.
Nesta segunda-feira a Vale perdeu 71 bilhões no valor de mercado – maior perda para uma empresa brasileira em um dia – e puxou o Ibovespa para baixo.