O presidente Michel Temer voltou a admitir nesta sexta-feira que a proposta de reforma da Previdência apresentada pelo governo pode ser alvo de mudanças no Congresso Nacional. Ele defendeu que eventuais alterações não atinjam sua espinha dorsal.
“Haverá propostas de modificação num ou noutro ponto, é muito provável. Agora, o senhor absoluto dessa matéria é o Congresso Nacional. E lá haverá naturalmente manifestações, argumentações”, disse o presidente.
Segundo ele, o texto da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que reformula o sistema previdenciário do país contém as medidas “ideais” para recolocar o país “nos trilhos”.
“Claro que nós achamos que a proposta ideal, a proposta necessária, fundamental para colocar o país nos trilhos de uma vez, é aquela que o Executivo mandou. […] O que não podemos é quebrar a espinha dorsal da (reforma da) Previdência.”
A proposta, principal medida do governo no Congresso, tem encontrado resistência mesmo entre aliados, que sugerem mudanças em temas polêmicos como o estabelecimento da idade mínima de 65 anos para a aposentadoria de homens e mulheres e a equiparação dessa idade entre trabalhadores rurais e urbanos.
A PEC tramita atualmente em comissão especial da Câmara dos Deputados, onde deve ser votada no final deste mês ou início de abril. Depois, segue para dois turnos de votação no plenário da Câmara e ainda precisará passar por roteiro semelhante no Senado. O prazo para apresentações de emendas ao texto se encerra nesta sexta-feira.
(Com agência Reuters)