A Polícia Civil de São Paulo prendeu um homem suspeito de assassinar o cabeleireiro homossexual Plínio Henrique de Almeida Lima na Avenida Paulista na noite de sexta-feira 21. A prisão do cozinheiro Fuvio Rodrigues de Matos foi realizado na noite de terça-feira 25, após utilização de câmeras e dados do Bilhete Único, usado para o transporte público em São Paulo. O homem, que trabalhava em uma rede internacional de hotéis na região do Paraíso, admitiu o crime, mas negou que tenha sido motivado por homofobia.
O canivete utilizado no assassinato também foi apreendido. O homem alegou que agiu em legítima defesa no caso, segundo o delegado Hamilton Costa Benfica, do 78° Distrito Policial dos Jardins. As informações são do Bom Dia São Paulo, da TV Globo.
Fuvio Matos afirmou ter feito uma brincadeira com Plínio e outros três homens que estavam com ele, um dos quais era o marido da vítima. Os homens teriam reagido e usado uma lata cortada contra o cozinheiro, que afirma ter se defendido com o canivete. Fuvio Matos disse que não tinha conhecimento da morte de Plínio e lamentou o caso.
A Justiça decretou prisão temporária de trinta dias para o cozinheiro, que será indiciado por homicídio doloso com qualificação de motivo fútil.
Assassinato
O crime ocorreu por volta de 22 horas de sexta-feira, quando Plínio, natural de Cajamar (SP), cidade a cerca de 30 quilômetros da capital paulista, voltava do Parque Ibirapuera subindo a Avenida Brigadeiro.
“Dois cidadãos estavam seguindo o Plínio, que estava de mãos dadas com o marido, Anderson. Os homens ficaram irritados e foram para cima do Plínio. Um deles deu uma facada na barriga dele e saiu correndo”, contou Eder Cruz, que era amigo de Plínio havia mais de vinte anos e conversou com familiares da vítima. Plínio, que trabalhava como cabeleireiro e fazia bicos como garçom e auxiliar de cozinha, foi socorrido e encaminhado ao Hospital das Clínicas, mas não resistiu aos ferimentos.