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Supremo pode proibir João de Deus de atuar, diz jornal

Ao jornal 'O Estado de S. Paulo', ministro do STF comparou o caso ao de Roger Abdelmassih, que perdeu o direito de atuar como médico por crimes sexuais

Por Da Redação Atualizado em 27 dez 2018, 11h11 - Publicado em 27 dez 2018, 10h44

O Supremo Tribunal Federal pode impedir que João de Deus exerça sua atividade profissional, em decorrência das investigações de que o médium abusou sexualmente de vítimas. Na Coluna do Estadão publicada nesta quinta-feira 27, o jornal O Estado de S. Paulo ouviu um ministro do STF, não identificado, que comparou o caso ao de Roger Abdelmassih, que perdeu o direito de atuar como médico por conta de crimes semelhantes.

Ao menos cinco dos onze ministros do Supremo já se consultaram com João de Deus e podem se declarar impedidos de atuar nas ações que o envolvem. O religioso recorreu à Corte para tentar deixar a prisão.

Nesta quarta-feira 26, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, enviou petição ao STFem que defende a manutenção da prisão preventiva do médium. Ele está preso no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia desde o dia 16 deste mês. Na semana passada, a Polícia Civil concluiu o primeiro inquérito contra João de Deus e pediu seu indiciamento por violação sexual mediante fraude.

Mulher de João de Deus pode ser indiciada como coautora

O delegado-geral da Polícia Civil de Goiás, André Fernandes de Almeida, afirmou que Ana Keyla Teixeira Lourenço, de 40 anos, mulher de João de Deus poderá ser indiciada como coautora dos crimes de posse ilegal de arma de fogo e lavagem de dinheiro.

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Ana Keyla prestou depoimento em Goiânia e negou qualquer conhecimento de ação ilegal do médium envolvendo abuso sexual, armas ou dinheiro dos fiéis.

“As investigações demonstram que há indícios de que ela (Ana Keyla) tinha conhecimento das armas e do dinheiro. É difícil uma pessoa não ver uma arma que está em uma gaveta de roupas íntimas”, disse Almeida.

Em buscas na casa do médium acusado de abuso sexual, a polícia encontrou armas irregulares e grande quantidade de dinheiro em espécie. Procurada pela reportagem, a defesa de João de Deus não quis comentar.

(Com Estadão Conteúdo)

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