STJ nega habeas corpus a acusado de chefiar o ‘Escritório do Crime’
Preso na Colômbia, o contraventor Bernardo Bello deve ser extraditado para o Brasil

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou um pedido de habeas corpus impetrado pela defesa de Bernardo Bello, acusado de mandar matar o bicheiro Alcebíades Paes Garcia, o Bid. O contraventor foi morto com mais de 40 disparos em 2020, no Rio de Janeiro. Bello foi preso no último dia 28 em Bogotá, na Colômbia, durante a escala de um voo que retornava de Dubai, nos Emirados Árabes. Com a decisão, Bello deve permanecer preso em Bogotá e pode ser extraditado para o Brasil.
O suspeito estava na lista de procurados pela Interpol. Ex-presidente da escola de samba Vila Isabel, Bello, que também é contraventor, é descrito como um criminoso perigoso e violento. Recentemente, o prontuário dele ganhou mais algumas páginas. Em delação premiada, Julia Lotufo, viúva do ex-capitão PM Adriano da Nóbrega, apontou Bello como o mandante de vários assassinatos no Rio de Janeiro. Ele seria o chefe do chamado “Escritório do Crime”, um grupo de matadores de aluguel que tem ligação com as milícias e o crime organizado no estado.
A informação de que o habeas corpus foi negado foi confirmada há pouco pelo STJ. A íntegra da decisão só será conhecida amanhã. Esta é a segunda derrota de Bello após sua prisão. Um primeiro habeas corpus já havia sido negado pela Justiça do Rio de Janeiro. O habeas corpus junto ao STJ foi impetrado pelos advogados James Walker Junior, Fernando Augusto Fernandes e Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay.