O sequestrador de um ônibus na Ponte Rio-Niteroi, e que acabou morto com um tiro de um sniper da Polícia Militar do Rio de Janeiro, foi identificado como William Augusto do Nascimento, de 20 anos. Embora tenha informado que fosse policial durante as negociações, o governo do estado negou esta informação.
O governador Wilson Witzel, que chegou ao local de helicóptero após o fim do sequestro, disse ter conversado com parentes do criminoso, que pediram “desculpas à sociedade”. “Falaram que houve uma falha na educação, a mãe dele estava chorando muito”, contou.
Witzel também disse que ele demonstrava “perturbação mental” e dizia que queria “parar o Estado”. Segundo o coronel Mauro Fliess, porta-voz da PM que atuou na ocorrência, o homem teria registro de vigia, embora ainda não se saiba se ele exercia a profissão.
O sequestrador carregava uma garrafa de gasolina e chegou a ameaçar colocar fogo no coletivo. A arma usada na ação era de brinquedo. “Não foi a melhor solução possível, o ideal era que todos saíssem com vida, mas tomamos a decisão de salvar os reféns”, disse o governador.
O sequestro começou por volta das 6h e durou cerca de três horas. O criminoso foi atingido por um tiro de sniper quando estava próximo à porta do veículo e, segundo a Polícia Militar do Rio de Janeiro, os reféns foram liberados sem ferimentos. Antes de o sequestro terminar, seis reféns haviam sido libertados. Os dois primeiros foram duas mulheres que passaram mal. Elas receberam atendimento médico.
Depois disso, dois homens e duas mulheres também foram liberados — uma mulher desmaiou assim que saiu do veículo. A ação criminosa provocou a interdição total da ponte. Antes de ser rendido, o sequestrador chegou a sair algumas vezes do veículo: ele usava uma camiseta branca, calça preta, um boné e um lenço preto escondia parte de seu rosto.
(com Estadão Conteúdo)