Sâmia Bomfim diz que vai lutar por todas as vítimas de violência
A deputada afirmou que vai buscar justiça, mesmo para os casos que não ganhem tanta repercussão como o da morte do irmão médico no Rio

Pouco depois do sepultamento do irmão Diego Ralf Bomfim neste sábado, 7, em Presidente Prudente, no interior de São Paulo, a deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL) disse que não medirá forças para atuar contra a violência que definiu como “um poder paralelo profundo e estruturado no país”, especialmente no Rio de Janeiro, onde o médico foi morto na madrugada de quinta-feira, 5, em um quiosque na Barra da Tijuca, com mais dois colegas, os ortopedistas Marcos de Andrade Corsato e Perseu Ribeiro Almeida – este último, que teria sido confundido com Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, integrante da milícia de Rio das Pedras e verdadeiro alvo dos atiradores que balearam os médicos.
Na condição de parlamentar e irmã de uma vítima de assassinato, Sâmia disse que vai atuar para que a violência não continue. “Eu, como parlamentar e irmã, unindo as duas coisas, vou fazer de tudo que estiver ao meu alcance para que essa situação não se perpetue no nosso país”, afirmou a deputada. “Hoje foi com a nossa família, mas poderia ter sido com qualquer outra, como é, todos os dias”, completou.
Sâmia também manifestou indignação pelo poder do tráfico e das milícias no Rio. “É muito indignante que essa lógica de milícias que briga com tráfico, tenha um poder paralelo que, muitas vezes, se confunde com o próprio estado”, afirmou.
A deputada também disse que a justiça precisa ir além dos casos de grande repercussão, como o do irmão assassinado. “Talvez esse caso tenha repercutido inclusive fora do país por se tratar de um congresso internacional de médicos em um bairro nobre do Rio de Janeiro, mas essas tragédias acontecem todos os dias em lugares e com pessoas à margem da sociedade e que ninguém vê ou finge que não vê”, comentou. “É por todas elas que vamos lutar por justiça.”