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Qual é a diferença entre Comando Vermelho e PCC? Entenda

Duas maiores facções criminosas do país disputam territórios e mercado do tráfico, mas agem de formas muito diferentes

Por Isabella Alonso Panho Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 8 nov 2025, 08h00

Embora Comando Vermelho (CV) e Primeiro Comando da Capital (PCC) tenham em sua certidão de nascimento a mesma origem – o sistema prisional brasileiro –, são facções com modus operandi muito distintos. Nas últimas semanas, ambas foram alvo de operações policiais. Na última semana de outubro, 2.500 agentes de segurança entraram nos complexos do Alemão e da Penha para prender líderes do CV. Ao todo, 121 pessoas morreram. Em agosto, a operação Carbono mirou postos de gasolina e refinarias que lavavam dinheiro para o PCC.

O PCC hoje já é classificado como máfia – sua estrutura é verticalizada, imita o funcionamento de uma empresa e restringe o uso da violência a momentos específicos, autorizados pelas chefias, de modo a evitar a atenção de policiais e da imprensa. O que não significa, por óbvio, que a facção não seja sangrenta. O PCC tem seu próprio tribunal e monopoliza o tráfico de cocaína em São Paulo e em boa parte do Brasil, controlando as rotas que levam o entorpecente da América Latina até a Europa.

A facção tem avançado nos últimos anos rumo ao domínio de estruturas que viabilizam o funcionamento da cadeia produtiva da droga. Uma dessas pontas, por exemplo, é a lavagem de dinheiro, por meio de postos de gasolina, refinarias de combustíveis, garimpo de ouro e até comércios de bens de consumo.

Se o PCC opera no atacado, o Comando Vermelho funciona mais próximo de uma lógica de varejo. A facção, que ambiciona se nacionalizar, cresce país afora por um sistema de adesão de facções menores, como se fossem “franquias” do crime organizado. Não é mera coincidência que vários presos e mortos na operação que aconteceu no Rio semana passada eram de outros estados. Líderes de grupos menores podem se associar ao CV e aderirem à sua cartilha, passando por uma espécie de “formação” nas sedes da facção, no Rio de Janeiro.

Depois, cada chefe tem autonomia para gerir o seu território da forma como achar melhor – por isso, a matança e a violência do CV são mais evidentes. Controlar a venda de gás, o transporte ilegal de pessoas, cobrar “pedágio” de padarias, mercados e farmácias, decidir quem entra e quem das comunidades fazem parte das estratégias que o CV usa para manter bairros e cidades inteiras sob o seu controle.

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A ideia imita o modus operandi das milícias cariocas, que monopolizam o comércio legal e ilegal dos bairros sob seu domínios. “No PCC, não se mata sem autorização, há um monopólio da violência. No CV, mata-se a torto e a direito, quem decide é o chefe local”, afirma Roberto Uchôa, ex-policial federal e doutorando pela Universidade de Coimbra. 

A vida das pessoas em territórios controlados pelo crime organizado é tema da reportagem de capa de VEJA da edição nº 2969.

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