Promotor deverá herdar caso Flávio Bolsonaro
Em dezembro, o novo titular da investigação afirmou no Twitter que relatório do Coaf poderia não apontar crime
O promotor Luís Otávio Lopes deverá assumir a investigação relacionada ao senador Flávio Bolsonaro no Ministério Público do Rio de Janeiro caso seu colega Cláudio Calo, da 24ª Promotoria de Investigação Penal (PIP), decidir se declarar suspeito e, assim, abandonar o caso.
Em dezembro, Calo publicou no Twitter que o relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) sobre movimentações financeiras suspeitas em contas bancárias de deputados estaduais e de assessores não indicava “necessariamente” um crime. Ele também curtiu publicações, na mesma rede social, de Flávio e de Jair Bolsonaro.
Lopes responde pela 25ª PIP, promotoria seguinte à de Calo. É, portanto, o que o jargão do MP chama de “tabelar”: cabe a ele herdar os casos deixados pelo colega. O procurador-geral de Justiça, Eduardo Gussem, teria o direito de indicar um novo responsável, mas tudo indica que ele evitará qualquer intervenção.
O caso foi, esta semana, para a 24ª PIP por conta de uma questão administrativa – cabe a esta promotoria tratar de crimes contra a administração pública. Luiz Otávio Lopes responde pela 25ª PIP de forma cumulativa, a antiga titular foi promovida a procuradora e seu substituto ainda não foi definido.