Presos fazem 14 reféns durante rebelião em presídio de Taubaté
Detentos incendiaram roupas de cama e depredaram parte das instalações; não há informações sobre pessoas feridas
Dois agentes penitenciários e doze integrantes de igrejas evangélicas foram tomados como reféns durante uma rebelião de presos, na tarde desta quarta-feira, no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Taubaté, no Vale do Paraíba, interior de São Paulo. Até as 19 horas, uma refém, integrante da igreja Deus é Amor, havia sido liberada.
Os detentos amotinados incendiaram roupas de cama e depredaram parte das instalações. O Grupo de Intervenção Rápida (GIR), força especializada em conflitos da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), estava no interior da unidade em prontidão para tentar conter a rebelião no fim da tarde.
De acordo com a SAP, a rebelião teve início por volta das 15 horas, quando os dois agentes foram tomados como reféns. Os membros das igrejas, que estavam no presídio para dar assistência religiosa aos detentos, também foram dominados. Foram tomados como reféns quatro pessoas da Deus É Amor (uma delas liberada), duas da Cristo é Luz e Vida, duas da Capelania de Taubaté e quatro da Assembleia de Deus.
Inicialmente, a SAP havia afirmado que os reféns eram membros da pastoral carcerária, mas depois corrigiu a nota.
Ainda segundo a SAP, às 17h30, a direção do CDP conversava com os amotinados a fim de que cessassem o “ato de insubordinação”. Não havia informações sobre pessoas feridas.
Moradores vizinhos da unidade disseram ter ouvido barulhos de explosão e, em seguida, visto colunas de fumaça escura saindo da unidade. No fim da tarde, parentes dos presos se aglomeraram na entrada do estabelecimento em busca de informações. Um helicóptero da Polícia Militar sobrevoava o presídio.
O CDP está superlotado, com quase o dobro da população carcerária que comporta. A capacidade é para 844 detentos, mas atualmente a unidade abriga 1.521.