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Reação ao 8 de Janeiro mostra ‘democracia robusta’, diz presidente do STM

Convidado do programa Os Três Poderes, Joseli Camelo exaltou o trabalho do STF após os atos golpistas e falou sobre a possível punição a militares

Por Da Redação Atualizado em 4 jun 2024, 09h34 - Publicado em 12 jan 2024, 07h51
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  • O presidente do Superior Tribunal Militar (STM), tenente-brigadeiro Joseli Camelo, participou do programa Os Três Poderes nesta sexta-feira, 12, que você pode assistir na íntegra aqui. A live de VEJA, apresentada pela colunista Marcela Rahal, terá também a participação dos colunistas Matheus Leitão, Ricardo Rangel e José Benedito da Silva.

    Camelo foi questionado sobre a cerimônia que marcou um ano do 8 de Janeiro, quando bolsonaristas atacaram as sedes dos três poderes em Brasília na tentativa de realizar um golpe contra a democracia, e também sobre a punição aos militares que se envolveram no ato violento.

    Questionado se um ano depois dos ataques de 8 de janeiro de 2023 a democracia brasileira está consolidada, o militar respondeu que ‘acredita que sim’. “Tudo o que aconteceu levou para o mundo que nós temos uma democracia amadurecida, uma democracia robusta, uma democracia consolidada. E poderes que funcionam independentes, mas que são harmônicos entre si”, afirmou Camelo.

    O presidente do STM também enalteceu o trabalho do Supremo Tribunal Federal (STF), em especial do ministro Alexandre de Moraes, relator dos processos contra acusados de participar dos atos golpistas.

    Militares serão punidos pelo 8 de Janeiro?

    Sobre a possível punição de militares que estariam envolvidos no 8 de Janeiro, o chefe do STM disse que é preciso “paciência” e que nada foi encaminhado para a Justiça Militar até o momento.

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    “Todo esse processo investigatório feito pela CPMI [do 8 de Janeiro] não foi encaminhado para a Justiça Militar. Esse processo foi encaminhado para o Ministério Público e está sendo investigado. Nós temos que ter paciência. Nada foi concluído e não sabemos se serão oferecidas denúncias. As denúncias só serão oferecidas se houver indício de crime”, salientou.

    “Se houver indício, o Ministério Público vai analisar e vai ser levado a um juiz competente, que vai julgar. O importante de tudo isso que é as nossas instituições estão funcionando plenamente. Vamos ter paciência e aguardar. Se cometeu maus feitos e for comprovado, deverá ser condenado”, completou Camelo.

    Imagem das Forças Armadas piorou?

    Perguntado se a aproximação de oficiais de alta patente com o governo Bolsonaro e o papel que eles tiveram no 8 de Janeiro comprometeram a imagem das Forças Armadas, o tenente-brigadeiro disse “não ter dúvidas” que sim e citou uma pesquisa que teria colocado as forças em quinto lugar na imagem perante a sociedade, na comparação com outros setores. Reiterou, porém, que o presidente da República pode escolher quem ele bem entender para cargos do governo, e sua proximidade com os militares o fez escolhê-los.

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    “Naturalmente, muitas das competências que foram atribuídas às Forças Armadas não deveriam estar [com elas]. Eu dou como exemplo o problema das urnas. [Para as] Forças Armadas não está prevista a fiscalização das urnas. As Forças Armadas participam das eleições e contribuem com o TSE na questão de garantir a apuração e votação”, afirmou.

    Outros temas

    Os colunistas também devem tratar da capa de VEJA da semana. Nela, é relembrada a história do ex-capitão do Bope Adriano da Nóbrega, morto em fevereiro de 2020, após longa procura, durante uma ação policial em Salvador. Quatro anos depois, o Ministério Público concluiu a investigação sobre o caso e VEJA teve acesso às 4.000 páginas da apuração. O trabalho, porém, não foi capaz de elucidar o mistério – pelo contrário, abriu novas dúvidas em torno do personagem que transitou entre o crime organizado e a política. Ainda há muitos detalhes intrigantes sobre o ex-militar e perguntas sobre sua morte que ficaram sem respostas.

    Outros temas relevantes da semana, como a escolha de Ricardo Lewandowski para assumir o Ministério da Justiça e a crise de segurança no Equador, também devem ser abordados pelos colunistas.

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