Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Prefeito de Diadema processa município por direitos trabalhistas

Lauro Michels Sobrinho alegou não ter condições financeiras de arcar com os custos do processo ao pedir para receber férias e 13º de quando foi vereador

Por André Siqueira
Atualizado em 14 fev 2018, 20h05 - Publicado em 14 fev 2018, 16h31
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O prefeito de Diadema Lauro Michels Sobrinho (PV) está processando o próprio município para receber férias e 13º pelo período em que foi vereador na cidade, entre 2009 e 2012, antes de se eleger para a chefia do Executivo. Em duas ações, uma para cada pedido, ele alega não ter condições financeiras de arcar com os custos do processo e despesas com advogado, “sem prejuízo de seu sustento”.

    O pedido de gratuidade, entretanto, foi negado pelo juiz André Mattos Soares. Ele entendeu que a solicitação não é compatível com o cargo exercido. Como prefeito, Michels recebe 20,8 mil reais por mês, conforme dados disponíveis no porta de transparência da prefeitura. Em 2016, quando foi eleito, ele declarou à Justiça Eleitoral um patrimônio de 2,88 milhões de reais. Sua família tem tradição na política de Diadema: Lauro Michels, tio do atual prefeito, chefiou o executivo da cidade nos anos 1960; o primo Marcos Michels é presidente da Câmara.

    Na ação, a defesa do prefeito justifica o pedido com base em uma decisão do Supremo Tribunal Federal, que liberou o pagamento das verbas pleiteadas a agentes políticos, e também cita precedentes favoráveis do Tribunal de Justiça de São Paulo. Os advogados deram às duas causas o valor de 69,3 mil reais e pedem o pagamento com correção monetária.

    O juiz deu 30 dias para o município apresentar sua defesa em relação à cobrança. A assessoria de imprensa da Prefeitura de Diadema disse que não recebeu nenhuma notificação referente ao processo e que “não irá se manifestar sobre o caso”. Após a publicação desta notícia, o prefeito, que está em licença pessoal de 6 a 23 de de fevereiro, afirmou que determinou a seus advogados a desistência do processo.

    Continua após a publicidade

    O advogado Tony Chalita, especialista em Direito Político e Eleitoral do Braga Nascimento e Zilio, explica que a decisão do STF teve por objetivo diferenciar garantias fundamentais, como férias e 13º, de penduricalhos. Ele explica, entretanto, que o pagamento deve estar previsto em lei local, que só pode valer para os mandatos seguintes.

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.