Caminhoneiros bolsonaristas continuaram a bloquear rodovias federais, no início do terceiro dia de protestos golpistas contra o resultado das eleições de domingo. Intenso desde o início da manhã de terça-feira, o movimento de ocupação das vias começou a arrefecer durante a tarde. A Polícia Rodoviária Federal monitorava 213 interdições e bloqueios às 18h de terça, mas o número caiu para 156 no último balanço, divulgado às 9h37 desta quarta-feira, 2.
A PRF liberou 601 bloqueios nas estradas do país e aplicou 438 autuações, até o início de hoje, segundo informações publicadas no Twitter do órgão. Mesmo assim, ainda de acordo com a PRF, no momento, havia interdições ou bloqueios em 17 estados. Além disso, o Ministério da Justiça aplicou 912 autuações administrativas com valores que variam de 5 mil reais a 17 mil reais, de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro. Ao todo, o valor já ultrapassa 5,5 milhões de reais.
Santa Catarina apresentava o maior número de ocorrências, com 35 bloqueios, seguido por 30 interdições no Mato Grosso, 17 no Pará, 13 em Rondônia, 12 interdições e 1 bloqueio em Minas Gerais, 9 interdições e 8 bloqueios no Paraná, 1 bloqueio no Rio Grande do Sul, 3 interdições em Mato Grosso do Sul, 5 interdições no Espírito Santo, 3 interdições e 1 bloqueio em Pernambuco e 3 interdições em São Paulo.
No Rio de Janeiro, três pontos seguiam parcialmente interditados até as 20h, segundo a PRF, na BR 116, na altura de São João de Meriti, na Baixada Fluminense, na mesma rodovia, na altura do município de Itatiaia, já próximo ao estado de São Paulo, e na BR 465, em Seropédica, região metropolitana do Rio.
Ao longo do dia, a PRF usou diálogo e às vezes a força para desobstruir as rodovias. Em vídeos divulgados pelo órgão nas redes sociais, policiais de choque da corporação dispersam manifestantes com uso de bombas de gás e de efeito moral. Em outros vídeos divulgados nas redes, há momentos em que policiais aparecem conversando com os manifestantes, buscando a colaboração para saírem da pista, o que nem sempre deu resultado, apesar das determinações da Justiça, de serem aplicadas multas ou até a retirada à força dos veículos e dos manifestantes, que não aceitam o resultado das eleições que tornaram Luiz Inácio Lula da Silva presidente da República.
Com Agência Brasil