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Polícia encontra laboratório de drogas em cobertura e químico se mata

Investigadores ainda buscam o chefe da quadrilha, um colombiano chamado Pablo que estaria em seu país natal

Por Eduardo Gonçalves Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 12 dez 2019, 17h18 - Publicado em 12 dez 2019, 16h37

 

A Polícia Civil de Sorocaba (SP) deflagrou nesta quarta-feira uma operação para desmantelar uma quadrilha de tráfico de drogas sintéticas no interior de São Paulo. Após cinco meses de investigação, os agentes saíram às ruas para cumprir sete mandados de prisão e oito de busca e apreensão. O suspeito de ser o chefe do bando, Juan Pablo Giraldo, de 28 anos, continua foragido e deve ter o nome incluído na lista vermelha da Interpol. Ele é colombiano e está em viagem em seu país natal – os investigadores desconfiam que ele trazia insumos do país vizinho.

O segundo na hierarquia da quadrilha era o químico Fernando Rodrigues, de 29 anos. Quando a polícia chegou ao seu apartamento, uma cobertura de 250 metros quadrados no centro de Sorocaba, descobriu um laboratório de drogas, com produtos químicos, tubos de ensaio, máscaras, prensa e uma máquina de contar dinheiro. Entre os entorpecentes apreendidos no endereço, haviam ecstasy, LSD e MDMA, droga que se popularizou entre os jovens nos últimos anos e foi tratada em reportagem de VEJA.

Logo que a polícia arrombou a porta, outro traficante que estava no apartamento se entregou. Rodrigues não fez o mesmo e reagiu a ação disparando com uma pistola 9 milímetros. O tiroteio foi intenso e assustou os moradores do prédio. Vídeos obtidos por VEJA (confira-os abaixo) mostram os policiais tentando negociar a rendição do químico. O seu companheiro – já preso – tenta convencê-lo – “Fernando, os caras estão de fuzil aqui, seu louco. (…) Não vai dar nada isso aí” – , mas sem sucesso.  Após 40 minutos de negociação, Rodrigues acabou se suicidando com um tiro na cabeça, conforme a polícia.

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O traficante detido não se surpreendeu e contou aos agentes que Rodrigues dizia que preferia morrer a ser preso.  A quadrilha, no entanto, não se preocupava em ser discreta. O apartamento, que custava em torno de 7.000 reais de aluguel e condomínio, era palco de festas de “segundo a segunda” e, consequentemente, era alvo de diversas reclamações dos vizinhos.

“Foi uma surpresa, porque esses laboratórios de droga sintética costumam ser montados em sítios geralmente afastados da cidade. Acho que eles fizeram isso porque acharam que ninguém iria desconfiar”, disse o delegado Marcelo Carriel, que achou no apartamento um contrato de um novo imóvel que a quadrilha alugara numa área nobre de Sorocaba. “Provavelmente, eles já estavam pensando em se mudar”.

Entre os presos – no total, foram cinco -, há um traficante conhecido como Menor, que mantinha uma relação amorosa com uma policial militar. Ela acabou sendo afastada de suas funções. Segundo a polícia, os traficantes vendidam as drogas em casas norturas da região, e chegavam até a ser ‘promoters’ de algumas festas. Eles devem responder pelos crimes de tráfico de drogas e organização criminosa.

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