Polícia e Forças Armadas ocupam favela no RJ atrás de traficantes

Cerca de 1.500 homens da Marinha, do Exército e da Aeronáutica participam de operação na favela do Barbante, na Ilha do Governador, Zona Norte do RJ

Por Agência Brasil Atualizado em 30 nov 2017, 12h08 - Publicado em 30 nov 2017, 08h09

Forças Armadas retornam à Rocinha — Forças Armadas ocupam favela do Barbante, na Ilha do Governador, Zona Norte da cidade (Mauro Pimentel/AFP)

Com apoio das Forças Armadas, as forças de segurança do Rio de Janeiro ocupam, desde o fim da madrugada de hoje (30), os principais acessos à Vila Joaniza, na favela do Barbante, na Ilha do Governador, Zona Norte da cidade. Cerca de 1.500 homens da Marinha, do Exército e da Aeronáutica são responsáveis pelo cerco, que tem o objetivo de combater o crime organizado na região. As equipes estão posicionadas em pontos estratégicos. A Polícia Federal também participa do cerco.

A ação visa prender o traficante Wagner Barreto de Alencar, o Cachulé, e sua quadrilha. Um grupo de 40 traficantes destruiu, no sábado passado (25), o Posto de Policiamento Comunitário da Polícia Militar (PM) da Vila Joaniza, em represália à proibição de um baile funk na comunidade. Cachulé é o principal suspeito de ordenar a destruição do posto policial e acuar os dois militares de serviço no local. Com reforço do Batalhão de Choque e auxílio de um helicóptero da corporação, os policiais foram resgatados. Ele é acusado de liderar o tráfico de drogas na comunidade e de ser ligado à facção criminosa Comando Vermelho. Cachulé responde por vários crimes e é considerado foragido da Justiça.

A operação conta com carros blindados, que estão posicionados na entrada das duas favelas. O espaço aéreo na região foi fechado para movimentação dos helicópteros das forças de segurança estaduais, o que não atrapalha a chegada e a partida dos voos no aeroporto do Galeão, que fica no mesmo bairro, mas distante da região da ação policial.