Plano B para Ramagem na sucessão da capital fluminense
Partidos de centro-direita já trabalhavam com novos nomes, longe da unidade costurada pelo governador Cláudio Castro (PL) e por Flávio Bolsonaro

Os mandados cumpridos nesta quinta-feira, 25, contra o deputado federal Alexandre Ramagem (PL) deverão trazer repercussões na composição da anunciada aliança de centro-direita no Rio de Janeiro para 2024. Nome do clã Bolsonaro para a sucessão na capital fluminense, berço político do ex-presidente, Ramagem está previsto para ser uma estrela de uma “superlive” convocada pelo ex-presidente e seus filhos para domingo. Tema: a reorganização do bolsonarismo para as eleições deste ano.
Depois de um almoço com os partidos aliados do PL, no Palácio Laranjeiras , há mais de um mês, o governador do estado do Rio, Cláudio Castro (PL), havia costurado, em parceria com o senador Flávio Bolsonaro ( PL), uma aliança em torno de Ramagem.
Diante da possibilidade crescente de que as investigações da Polícia Federal sobre espionagem na Abin envolveriam ações concretas contra Ramagem, ex-presidente da agência, MDB e PP já tinham plano B. No primeiro caso, o deputado federal Otoni de Paula. O segundo, o também deputado federal Marcelo Queiroz. O ex-secretário estadual de Saúde e agora líder da bancada do PP no Congresso, Dr. Luizinho, já havia batido pé por Queiroz. Na segunda semana de fevereiro, o presidente nacional do PP, Ciro Nogueira, tem planejado, no Rio, um encontro com a executiva e com Queiroz para tratar do tema. A oito meses das eleições, a operação desta quinta-feira tende a embolar os planos de uma unidade pró-Ramagem na cidade do Rio.