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PF prende suposto operador financeiro de pastor Everaldo no RS

Empresário se entregou em aeroporto em Porto Alegre. Everaldo segue preso acusado de desviar recursos da saúde do governo do Rio

Por Da redação
Atualizado em 30 ago 2020, 22h32 - Publicado em 30 ago 2020, 22h29

A Polícia Federal prendeu neste domingo, dia 30, o empresário Victor Hugo Amaral Cavalcante Barroso, que é apontado como o operador financeiro do Pastor Everaldo, que também está detido preventivamente pela acusação de que desviava recursos da secretaria da Saúde  Rio de Janeiro. A mesma operação, a Tris in Idem, ocasionou o afastamento do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, por 180 dias. 

Em documento com mais de 400 páginas, Barroso é citado 60 vezes na representação do Ministério Público Federal (MPF), que detalhou o suposto esquema de loteamento de contratos e cargos na gestão do governador Witzel. Ele se entregou às autoridades no aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre (RS).

Segundo a investigação, o grupo oculto gerenciava o orçamento estadual reservado à Saúde e indicou o ex-secretário da pasta e hoje delator, Edmar Santos, e o antigo ‘número dois’ da secretaria, Gabriell Neves, para garantir o controle de pagamentos e contratações. Caberia a Barroso, de acordo com os procuradores, cooptar agentes públicos e privados, indicar as organizações sociais que deveriam ser contratadas pelo governo e cuidar da contabilidade dos desvios por meio de um sistema financeiro paralelo. “Victor Hugo Barroso criou uma complexa organização de pessoas jurídicas, que indicam a estruturação de ‘camadas’ de ocultação de valores, também típica de lavagem de dinheiro, onde as transações financeiras se misturam, dificultando a rastreabilidade”, diz o MPF, na representação.

Em delação premiada, Edmar Santos contou que Barroso fornecia cartões de crédito em nome de terceiros para que os integrantes da organização criminosa pudessem saldar despesas pessoais e vetava celulares em reuniões para tratar do esquema. Em troca dos serviços, Barroso receberia 15% da ‘caixinha’ abastecida pelos lucros obtidos com as fraudes nas contratações. O grupo usaria a transportadora de valores Fênixx, constituída por Barroso em sociedade com o secretário de Cidades, Juarez Fialho, para guardar os valores desviados em carros-forte, repetindo o sistema usado pelo ex-governador Sérgio Cabral. Além disso, as offshores Tremezzo S/A, Firbank Croporation e South America Properties LLC, registradas em nome do operador, de sua mãe e irmã no Uruguai, serviriam para remessas de dinheiro ao exterior.

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