O delegado João Vianey Xavier Filho afirmou em coletiva de imprensa na tarde desta quarta-feira, 24, que a Polícia Federal (PF) estima que 1000 números telefônicos tenham sido invadidos pelo grupo preso na terça-feira 23, suspeitos de acessar o telefone do ministro Sergio Moro. As investigações apontam que o ministro da Economia, Paulo Guedes, que também teve o celular atacado, tenha sido vítima do “modus operandi da quadrilha”.
Xavier Filho disse que, em um dos locais que foi alvo de mandado de busca e apreensão, foram encontrados aparelhos com atalhos para a conexão em aplicativos de mensagem. “O investigado fazia toda a burla necessária e, uma vez feita, ele conectava o conteúdo a um computador”, disse o delegado. As evidências, explicou Xavier Filho, mostram que as mensagens eram transferidas para computadores. Em outro endereço, foram encontrados quase 100.000 reais em espécie.
A Polícia Federal trabalha, agora, com a identificação de todos os números que foram invadidos, para “aferir a exata extensão do ataque”. Segundo o delegado João Vianey Xavier Filho, a corporação irá se reunir com representantes da Anatel para sugerir mecanismos que possam “isolar as fragilidades” dos telefones celulares.
Xavier Filho também disse que as quatro pessoas presas têm envolvimento com os crimes de estelionato bancário eletrônico e fraudes de cartões de crédito e débito.