Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Para detentos, agentes não controlam presídio em Goiás

Durante vistoria de emergência, presos não admitiram a existência de facções; rebelião teria ocorrido por causa da morte de um interno no ano passado

Por Estadão Conteúdo Atualizado em 4 jun 2024, 17h50 - Publicado em 4 jan 2018, 08h27

Detentos do presídio de Aparecida de Goiânia, em Goiás, onde nove pessoas foram assassinadas no dia 1º, relataram nesta quarta-feira a autoridades do Poder Judiciário e do Ministério Público que os agentes não têm controle sobre a cadeia. As afirmações foram feitas durante vistoria de urgência determinada pela ministra Cármen Lúcia, presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Juízes e promotores de presos que esse controle pertence a internos das alas B e C, os que entraram em choque e cometeram os assassinatos. A inspeção contou com as presenças do desembargador Gilberto Marques Filho, presidente do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), do procurador-geral de Justiça do estado, Benedito Torres Neto, e do superintendente de Administração Penitenciária, coronel Edson Costa Araújo.

Três detentos da ala C disseram desconhecer o motivo do ataque, mas reconheceram disputa entre grupos. Para as autoridades, não admitiram a existência de facções, e falaram em descontentamento com a superlotação do local e a demora na análise de processos. Outros três homens, da ala D, confirmaram a tensão pela superlotação e falaram de problemas recorrentes de falta de água e energia.

Sobre as mortes, narraram que “tudo começou com uma ala atacando a outra”. Disseram ainda que as duas alas “disputam o comando da cadeia e há duas facções por trás, mas não as nominaram”. A suspeita é de disputa entre Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho (CV).

Os detentos disseram ainda que muitos colegas fugiram por medo ao escutarem tiros, mas “que muitos querem cumprir a pena”. “Insistiram no medo e contaram que sequer conseguem dormir, pois não fazem parte de disputas, mas temem ser atacados a qualquer momento”, descreve a inspeção.

A iniciativa terminou com a sugestão de uma força-tarefa para analisar processos de presos. O governador do estado, Marconi Perillo (PSDB), telefonou para Cármen Lucia, para agradecer a interferência dela, e reclamou tanto do Judiciário de Goiás quanto do governo federal. Segundo ele, a ministra pensa em ir pessoalmente ao Estado.

Em nota no site da secretaria, o coronel Edson Costa disse que os presos informaram que “a rebelião é consequência da morte de Thiago César de Souza (o Thiago Topete), em fevereiro do ano passado”. A pasta, em nota oficial, admite problemas estruturais e cobra “sensibilidade” do governo federal para obter mais recursos.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.