O Papa Francisco afirmou neste domingo, 5, que está rezando pelas vítimas das grandes enchentes que, por enquanto, causaram 75 mortes e deixaram mais de 107 mil pessoas desabrigadas no Rio Grande do Sul. O papa anunciou que incluiu os gaúchos em suas preces durante um discurso realizado neste domingo no Vaticano para milhares de fieis. “Quero assegurar a minha oração pelas populações do Estado do Rio Grande do Sul, no Brasil, atingidas por grandes inundações. Que o Senhor acolha os mortos e conforte os familiares e quem teve que abandonar suas casas”, afirmou Francisco.
Dom Jair Spengler, presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), comentou sobre a gravidade da situação vivida pelos gaúchos em entrevista concedida por ele ao site do Vaticano. Spengler afirmou que várias igrejas da região foram tomadas pela água.
O Rio Grande do Sul vive as piores inundações já registradas em sua história. Por enquanto, a Defesa Civil estima que a tragédia afetou 780 mil pessoas que vivem no estado. Ainda de acordo com o órgão, quase todas as cidades gaúchas foram afetadas pelas inundações: 332 das 497 cidades.
Em entrevista coletiva realizada neste domingo no Rio Grande do Sul, o presidente Lula e o presidente do Congresso, o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), prometeram empenho na liberação de recursos de emendas parlamentares para custear o auxílio humanitário, bem como para prevenir novas tragédias. “A liberação das emendas parlamentares para o Rio Grande do Sul haverá de ser uma prioridade e nos cabe, a partir de amanhã, definirmos leis complementares e ordinárias para permitir que isso se faça com segurança jurídica”, afirmou Pacheco. Líderes da Câmara e do Senado devem realizar uma reunião na segunda-feira 6 para discutir medidas emergenciais de apoio às vítimas das enchentes.
Os temporais provocaram, inclusive, a inundação do Lago Guaíba, que atravessa a capital. Em Porto Alegre, as enchentes obrigaram as autoridades a fecharem o aeroporto da cidade por tempo indeterminado. O nível de água chegou a atingir 5 metros a mais do que o normal em alguns pontos do município. Vários pontos da capital também estão sem luz elétrica e fornecimento de água.