O pastor e professor Milton Ribeiro é o quarto ministro da Educação no governo Bolsonaro. Ele assumiu o posto após uma série de polêmicas envolvendo os seus antecessores. Abraham Weintraub deixou o cargo e se mudou para os Estados Unidos após ter defendido, em uma reunião gravada no Palácio do Planalto, a prisão para ministros do Supremo Tribunal Federal. Carlos Alberto Decotelli foi demitido logo após vir à tona que o seu currículo foi turbinado. Ribeiro entrou com o propósito de fugir das crises da pasta. Mas não durou muito tempo.
Em sua primeira entrevista, o ministro disse ao jornal Estado de São Paulo que a homossexualidade acontece em “famílias desajustadas”. A declaração deixou o presidente irritado. Bolsonaro, que já foi acusado de homofobia, decidiu puxar a orelha de Milton Ribeiro. Disse que o professor não deveria ter falado com a imprensa – e mandou cancelar outras conversas com jornalistas. O chefe da pasta da Educação ficou surpreso com a bronca que levou.
Após a declaração de Milton Ribeiro, a Procuradoria-Geral da República pediu a instauração de um inquérito para apurar suposta prática de homofobia. O ministro Dias Tofolli, do Supremo Tribunal Federal, determinou que, antes de instaurar a investigação, a Polícia Federal ouça as explicações o chefe da pasta da Educação.