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O que se sabe até agora sobre o desastre em Brumadinho

Rompimento de uma barragem de rejeitos minerais da Vale soterrou comunidade e parte da empresa, destruiu casas e deixou ao menos 200 desaparecidos

Por Redação
Atualizado em 25 jan 2019, 22h23 - Publicado em 25 jan 2019, 19h25

O rompimento de uma barragem de rejeitos minerais da Vale na cidade de Brumadinho (MG), região metropolitana de Belo Horizonte, no início da tarde desta sexta-feira, 25, soterrou na lama uma comunidade e parte da área da empresa, destruiu casas e deixou ao menos 200 pessoas desaparecidas, segundo estimativa dos Bombeiros de Minas Gerais.

Veja o que se sabe até o momento sobre o desastre:

– Construída em 1976, a Barragem I do Córrego Feijão ficava na Mina Feijão e tinha área de 258.605 metros quadrados e capacidade para 12,7 milhões de metros cúbicos. A estrutura armazenava rejeitos de minério de ferro e ficava localizada na região de um afluente do rio Paraopebas, que integra a bacia do rio São Francisco. Desde 2014 a barragem não recebia rejeitos;

– A barragem de Brumadinho está classificada pela Agência Nacional de Mineração (AMN) como uma estrutura de “baixo risco” em relação à possibilidade de haver algum desastre e rompimento da estrutura. Por outro lado, segundo informações do Cadastro Anual de Barragens, o dano potencial que seu rompimento poderia causar é classificado como alto.

– Informações preliminares da Vale dizem que os rejeitos atingiram a área administrativa da empresa no local e parte da comunidade Vila Ferteco. Nove pessoas foram retiradas com vida da lama com rejeitos de minério de ferro e outras 100 que estavam ilhadas foram socorridas. A mineradora informou ao governo estadual que havia 427 pessoas na Mina Feijão, das quais 279 foram resgatadas com vida. Ainda há cerca de 150 funcionários da empresa desaparecidos, cujos nomes foram pedidos à Vale pelos bombeiros.

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– Em entrevista coletiva no Rio de Janeiro, o presidente da Vale, Fábio Schvartsman, disse que a mineradora não sabe quantos funcionários estão soterrados;

– O Hospital João XXIII, em Belo Horizonte, é a unidade de referência para os atendimentos a sobreviventes, conforme plano de contingência para múltiplas vítimas da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (FHEMIG).

– O governo do presidente Jair Bolsonaro e a gestão do governador de Minas Gerais, Romeu Zema, instalaram gabinetes de crise para gerenciar os desdobramentos do desastre e o atendimento às vítimas. Três ministros vão ao local do desastre e o presidente deve ir a Brumadinho na manhã deste sábado, 26;

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– Corpo de Bombeiros e Defesa Civil de Minas Gerais atuam no local do rompimento da barragem. O governo mineiro afirma que “dezenas de helicópteros do aparato estadual e de outros órgãos participam das buscas por sobreviventes. O posto de comando foi montado em uma faculdade de Brumadinho e será mantido pelos próximos dias”;

– O volume de rejeitos represados pela barragem era de 1 milhão de metros cúbicos; a barragem de Fundão, em Mariana, que rompeu em novembro de 2015, tinha 50 milhões de metros cúbicos de rejeitos;

– A prefeitura de Brumadinho e as de cidades da região, como Betim, Pará de Minas, Mário Campos e Juatuba, orientaram a população a não se aproximar do leito do rio Paraopebas, que pode subir repentinamente com o volume de rejeitos;

– Segundo a Agência Nacional de Águas (ANA), a barragem da Usina Hidrelétrica Retiro de Baixo, a 220 quilômetros do local do desastre, deve conter os rejeitos e impedir que eles percorram o rio Paraopebas até o São Francisco. A onda de rejeitos deve atingir a usina em dois dias, conforme estimativa da ANA.

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– Por precaução, o Instituto Inhotim, maior museu a céu aberto da América Latina, que fica em Brumadinho, evacuou os visitantes após o rompimento da Barragem I do Córrego Feijão.

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