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O que prevê o pacote de doações de Biden para conservação da Amazônia

Governo americano afirma que chegou a marca de 11 bilhões de dólares anual em ações de proteção ao meio ambiente em todo o mundo

Por Redação
Atualizado em 17 nov 2024, 16h26 - Publicado em 17 nov 2024, 16h25

Logo após Joe Biden desembarcar em Manaus neste domingo, 17, os Estados Unidos anunciaram oficialmente um pacote de ajuda para iniciativas de conservação da Amazônia. O projeto, parte do programa americano de combate às mudanças climáticas, prevê doações diretas e em parceria com ONGs, empresas e bancos brasileiros. Segundo informações da Agência Brasil, o anúncio deve “ajudar a acelerar os esforços globais para combater e reverter o desmatamento e implantar soluções baseadas na natureza que reduzam as emissões, aumentem a biodiversidade e construam resiliência a um clima em mudança”. Para isso, três pontos críticos foram listados: o combate à extração ilegal de madeira, o combate à mineração ilegal e a assistência para o combate ao fogo.

A ação veio acompanhada de um reforço sobre o discurso do atual presidente americano sobre como sua administração aumentou consideravelmente o apoio para a conservação do meio ambiente em todo o mundo. Segundo o comunicado, nos últimos quatro anos, o governo americano “transformou o combate à crise climática em uma enorme oportunidade econômica – tanto em casa quanto no exterior”. Ainda de acordo com Washington, o anúncio deste domingo celebra a marca de 11 bilhões de dólares anuais garantidos para ações de conservação em todo o mundo — número seis vezes maios do que o orçamento herdado por Biden de Donald Trump para financiamento bilateral no começo de seu governo.

Um aporte razoável será feito ainda este ano — em resposta à possíveis cortes com a mudança de governo no ano que vem, quando Trump assumirá seu segundo mandato. Os Estados Unidos doarão 50 milhões de dólares para o Fundo Amazônia e vão lançar uma coalização de investidores, em parceria com o banco BTG Pactual, para restauração de terras e apoio à bioeconomia, que pretende alcançar 10 bilhões de dólares até 2030, voltado para projetos de controle de emissões de carbono e de reflorestamento de áreas convertidas em pastagens, sob responsabilidade da empresa Mombak.

Entre os investimentos diretos estão 180 milhões de dólares para a Coalizão Redução de Emissões por meio do Avanço do Financiamento Florestal (Leaf), para ações de reflorestamento no Pará; 2,6 milhões no projeto Rainforest Wealth, do Imaflora e do Instituto Socioambiental (ISA); 10 milhões em projetos de bioeconomia; e em torno de 14 milhões diretamente para ações de comunidades indígenas. Parte das doações virá por meio do escritório federal Corporação Financeira de Desenvolvimento Internacional dos EUA (DFC) e do Banco de Exportação e Importação dos EUA (Exin). O primeiro doará 3,71 bilhões de dólares e o segundo 1,6 bilhão ainda este ano.

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