O que levou Bolsonaro e seus filhos a migrarem para o Telegram
Migração da família para o aplicativo russo foi motivada por boicote às redes sociais que proibiram publicações do presidente Donald Trump
Na última semana, o presidente Jair Bolsonaro e seus filhos, o senador Flávio Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro, passaram a utilizar ativamente a rede social russa Telegram. A migração faz parte de um movimento da direita de boicote ao Facebook, Instagram e Twitter, após estas redes proibirem publicações do presidente Donald Trump.
O Whatsapp, rede utilizada pelo presidente e sua família até então, é administrada pelo americano Marck Zuckerberg, que também administra o Facebook e o Instagram.
Na terça-feira, 12, o presidente anunciou no Twitter que fez uma conta no Telegram e convidou apoiadores a acompanhá-lo. “Inscreva-se em meu canal oficial no Telegram”, escreveu. Desde então, Bolsonaro acumulou cerca de 313.000 inscritos em seu canal.
A mudança na política de privacidade do aplicativo de mensagens também teria motivado a mudança de rede social. A partir do dia 8 de fevereiro, o Whatsapp passará a compartilhar com o Facebook e suas plataformas algumas informações sobre seus usuários, como contatos, foto do perfil, endereço de IP e transações financeiras.
Outros integrantes de seu governo, como os ministros Ernesto Araújo (Relações Exteriores) e Ricardo Salles (Meio Ambiente) e apoiadores, como os deputados federais Bia Kicis (PSL-DF) e Bibo Nunes (PSL-RS) são alguns dos nomes que resolveram se registrar ou ainda reativar o serviço de mensagens instantâneas.
O Telegram tem algumas funcionalidades extras em comparação com o Whatsapp. Seu uso não se restringe a conversas privadas, em grupos ou linhas de transmissão. O aplicativo russo permite canais de amplo alcance, com funções semelhantes às utilizadas pela família Bolsonaro em outras redes, como Twitter, Facebook e Instagram.