Não é só o “card” do Neymar que é raro entre as figurinhas do álbum da Copa do Mundo. Ultimamente, achar um pacote comum nas bancas se tornou especial também. Diversos consumidores reclamaram da falta dos colecionáveis nos postos de venda.
O problema foi notado pela própria Panini, grupo editorial italiano que produz e distribui o produto. Em nota encaminhada a VEJA, a empresa afirma que o Brasil apresenta “desafios logísticos de um país de dimensões continentais e a capilaridade de distribuição” e isso é a causa de algumas regiões apresentarem “menor oferta de produtos em relação a outras”.
A fim de buscar alternativas ao consumidor, a editora estabeleceu diversas parcerias comerciais com os principais varejistas nacionais, que oferecerão alternativas para o público. Ao todo, mais de 90 players do segmento, entre eles Magazine Luiza, Lojas Americanas, Amazon, Grupo Muffato, Livraria Leitura e Havan.
Além disso, a Panini afirma ter investido na modernização de seu e-commerce, para atender os colecionadores em diferentes frentes.
Problema federal
As figurinhas da Copa do Mundo não são famosas apenas aqui no Brasil, portanto, a escassez também não é exclusiva. Na Argentina, o problema sobrou até para o governo. Na última terça-feira, 20, alguns funcionários do Ministério da Economia e também da Secretaria de Comércio Interior se reuniram, durante quatro horas, com a União dos Kioesqueros (Ukra) e com diretores da Panini, empresa que distribui e produz o produto, para tratar do assunto.
As figurinhas estão em falta desde quando o álbum foi lançado, em agosto, afirmam os donos das bancas argentinas. Além disso, há reclamações de que outros pontos de venda, como postos oficiais da Panini, aplicativos de entrega e supermercados têm sido priorizados pela empresa na hora da distribuição.