O mal entendido que envolveu a cúpula da diplomacia brasileira
Chanceler Mauro Vieira foi envolvido em suposto caso de injúria racial; Polícia Civil do Rio diz que crime foi cometido por outra pessoa
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, e o governo do estado do Rio de Janeiro se mobilizaram na tarde desta sexta-feira, 8, para apurar o suposto envolvimento do chanceler Mauro Vieira em crime de injúria racial. Uma camareira do Charlie Top Apart Leblon acusou o diplomata de ter cometido ato de injúria racial contra ela. O caso foi parar na 14 DP. Imagens do circuito interno de TV, já em poder dos investigadores, mostram que o autor do crime é outra pessoa, que administra o imóvel do diplomata, no Rio de Janeiro.
Mauro Vieira sequer estava no apartamento durante o episódio. Diante das informações que circularam ao longo do dia, o chanceler procurou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para desmentir seu envolvimento. E negou ter cometido o crime, em nota, em linha com a apuração da Polícia Civil do Estado.
Segundo a assessoria do chanceler, ele não vai ao apart hotel há mais de dois meses. Estava em outro endereço, em Copacabana, trabalhando, no momento em que a camareira disse ter sido alvo do crime. O fato também já foi confirmado pela polícia.
O governo do estado, no final da tarde desta sexta, em nota afirmou que: “Após analisar imagens e ouvir a vítima e testemunhas, a 14ª DP (Leblon) constatou que o autor do fato não é o ministro, mas uma pessoa que administra o imóvel dele. Os agentes estão em diligências para elucidar o fato”