Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

O embate jurídico no caso do bolsonarista que matou petista

Marcelo Arruda foi morto a tiros durante sua festa de aniversário a poucos meses das eleições presidenciais de 2022

Por Ricardo Chapola Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 8 Maio 2024, 13h28 - Publicado em 6 abr 2024, 15h45
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Um dos episódios mais marcantes e que revela o nível da polarização política que divide o Brasil nos últimos anos foi o assassinato de Marcelo Arruda, tesoureiro do PT de Foz do Iguaçu (PR), morto a tiros por um militante bolsonarista durante sua própria festa de aniversário em julho de 2022, poucos meses antes das eleições presidenciais daquele ano.

    Nesta semana, o caso ganhou um novo capítulo. A Justiça do Paraná foi obrigada a adiar o júri popular que decidiria sobre a condenação ou não do policial penal Jorge José da Rocha Guaranho, autor do crime. A audiência estava prevista para quinta-feira, 4, mas teve que ser remarcada para o dia 2 de maio, depois que os advogados do acusado abandonaram o tribunal.

    Militante bolsonarista, Guaranho foi denunciado pelo Ministério Público por homicídio doloso duplamente qualificado. Os advogados que representam a família de Arruda sustentam que o crime foi motivado por intolerância política. Sustentam também que o policial efetuou vários disparos naquele dia, colocando em risco a vida de outros convidados da festa.

    Caso esse seja o mesmo entendimento do júri, Guaranho pode ser condenado a até 30 anos de prisão. A estratégia dos advogados do policial é rebater a tese de que o crime não aconteceu por divergências políticas. Até agora, ela não funcionou.

    Na quinta-feira, os advogados apresentaram ao juiz que conduzia a sessão uma série de alegações e apontamentos. Relataram que não tiveram acesso a partes do processo, reclamaram que o réu também sofreu agressões, apontaram supostos erros processuais, além de pedirem a liberdade provisória do policial, preso desde 2022. O juiz negou o pedido e rebateu os apontamentos feitos pelos advogados, que deixaram o local logo em seguida.

    Continua após a publicidade

    “O crime é de ódio e tem como pano de fundo a violência política. O contexto foi esclarecido não apenas pelo testemunho dos convidados, mas também pelas imagens registradas por câmeras de segurança. Não é prudente, nem razoável libertá-lo. Também não é razoável que esse processo esteja se arrastando por tanto tempo em razão de manobras ardilosas da defesa do réu”,  diz Daniel Godoy Junior, assistente de acusação que representa a família de Arruda.

    Crime político?

    Marcelo Arruda foi morto a tiros durante a comemoração de seus 50 anos com família e amigos no dia 9 de julho, em um salão de uma associação  na cidade de Foz do Iguaçu. O tema da festa era uma homenagem ao presidente Lula, então candidato do PT à Presidência. Arruda era guarda municipal.

    O autor do do crime,  Jorge José da Rocha Guaranho, estava em um churrasco com a mulher e o filho quando soube por colegas sobre a festa de Arruda. Armado, foi ao local e discutiu com os presentes. Depois, deixou a família em casa e voltou armado. Houve troca de tiros. Arruda foi alvejado e morreu.  Os dois não se conheciam.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Semana Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

    a partir de 35,60/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.