Número de afetados por desastre no RS passa de 2 milhões, diz Defesa Civil
Até o momento, 74 mil pessoas e 10 mil animais foram resgatados; estado vai receber mais três hospitais de campanha e cirurgias eletivas foram suspensas
O número de pessoas atingidas pelas inundações no Rio Grande do Sul passou de 2 milhões segundo novo balanço da Defesa Civil divulgado neste sábado, 11. De acordo com o órgão, a população impactada é de 2.039.084 moradores de 445 municípios. O levantamento também informa que 74.153 pessoas e 10.348 animais foram resgatados. O número de mortos permanece em 136, assim como o de feridos (756). Até o momento, a população em abrigos é de 71.398 e há 339.925 desalojados.
Neste sábado, terá início a montagem demais um hospital de campanha para o atendimento da população. O estado conta com cinco unidades em funcionamento e Canoas, um município gravemente impactado, deve receber mais um hospital de campanha nos próximos dias. Segundo o governo gaúcho, a estrutura instalada em São Leopoldo nesta sexta-feira, 10, tem enfermaria com 40 leitos. Os municípios de Eldorado do Sul, Guaíba e Estrela também contam com hospitais de campanha.
O Ministério da Saúde informou que duas unidades serão montadas em Porto Alegre a partir deste sábado e devem ficar prontas em até dois dias.
“É uma grande ampliação de atendimentos para a população, já que que muitas unidades de saúde de referência foram danificadas. Esta é mais uma ampliação que se junta aos outros hospitais de campanha e estabelecimentos oferecidos pelos municípios e o estado”, disse, em nota Márcio Garcia, diretor do Departamento de Emergências em Saúde Pública do ministério. Um balanço da Secretaria de Estado de Saúde do Rio Grande do Sul informou, na última quinta-feira, que ao menos 268 centros de saúde tinham sofrido algum tipo de dano.
Consultas e cirurgias eletivas são suspensas
Nesta manhã, o Gabinete de Crise da Secretaria da Saúde emitiu um comunicado informando que hospitais gaúchos estão autorizados a suspender cirurgias, consultas e exames eletivos, ou seja, que não são urgentes, até o dia 30 de maio, tendo em vista o decreto de calamidade pública.
“A medida foi tomada pela dificuldade de locomoção de pacientes e profissionais e de atendimento nos estabelecimentos de saúde”, diz a nota.
De acordo com o documento, as unidades de saúde “deverão atualizar diariamente o monitoramento de insumos e oxigênio medicinal”.