Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

No Anhembi, escolas negam polarização mesmo com tom político

A tendência deste ano no Carnaval de São Paulo é de pouca crítica ou elogio ao atual governo

Por Da Redação 1 mar 2019, 16h10

As escolas de samba de São Paulo negam qualquer intenção de reproduzir a polarização do universo político na avenida e não querem nem ouvir falar de direita ou esquerda. A tendência, pelo menos no Sambódromo do Anhembi, é de pouca crítica ou elogio ao atual governo e seus personagens.

Ainda assim, com um pouco de atenção, é possível destacar uma curiosa sequência de desfiles na madrugada deste sábado, 2, em São Paulo. Às 2h30, entra no sambódromo a Acadêmicos do Tucuruvi, com o enredo Liberdade – O Canto Retumbante de um Povo Heroico. Depois dela (às 3h35), será a vez da Acadêmicos do Tatuapé, com o enredo Bravos Guerreiros – Por Deus, Pela Honra, Pela Justiça e Pelos que Precisam de Nós.

As duas escolas de samba tratam de política, mas com narrativas que soam opostas. Na Tucuruvi, por exemplo, o foco é nos movimentos sociais e em manifestações, como Parada Gay e greve dos professores. O último carro trará o embate eleitoral entre Ele Sim e Ele Não – expressões usadas por apoiadores e não-apoiadores do presidente Jair Bolsonaro durante a campanha, em 2018.

Já a Acadêmicos do Tatuapé segue pela linha do patriotismo e amor ao País: “Sou brasileiro/Vou defender minha nação/Oh Pátria amada idolatrada não chores em vão/Sou brasileiro”. O presidente da escola, Eduardo dos Santos, nega qualquer intenção política no desfile da escola. “Não pode ter militância, não pode ter ideologia. Na escola, temos componentes de direita e de esquerda, o nosso papel social é abrigar todas as pessoas”.

Outras

A noite começa às 23h15 desta sexta-feira, 01, com a Colorado do Brás, com o enredo Hakuna Matata Isso é Viver. A agremiação vem com um tema recorrente nas escolas de São Paulo, a cultura negra e a África – principalmente o Quênia. A Mancha Verde, que desfila à 1h25, também tem a cultura africana como ponto de partida. Ela vai falar do Congo e seus Orixás.

Continua após a publicidade

Segunda escola a desfilar, o Império da Casa Verde traz o momento mais pop dos sambódromo, com o enredo O Império Contra-Ataca. Além da óbvia autorreferência, a escola vai brincar com a ideia de Star Wars. É possível esperar sabres de luz e até um Darth Vader cruzando a avenida. No mais, o desfile será todo pontuado por personagens e momentos cinematográficos.

Já a X-9 Paulistana, que será a penúltima na avenida, sofreu uma baixa de última hora. O homenageado pela escola, o sambista Arlindo Cruz (que completou 60 anos), não estará presente no desfile. Mesmo liberado pela equipe médica que o acompanha após sofrer um acidente vascular cerebral há dois anos, a família não o trará para o desfile.

“O maior entrave para a confirmação da viagem do artista para o desfile da escola de samba se deu em torno do custo da infraestrutura de equipes, médica, produção e de segurança, além de transporte e transfer especial para que todo esse trâmite fosse feito livre de perigo”, diz a nota da família no perfil do Instagram de Babi Cruz, mulher de Arlindo.

Continua após a publicidade

Fecha a noite a escola Tom Maior, que vem com o enredo Penso… Logo existo – As Interrogações do Nosso Imaginário em Busca do Inimaginável. A agremiação vai misturar religião com teoria da evolução no mesmo samba. A oposição entre fé e ciência deve encerrar o primeiro dia do Anhembi com alguma polêmica.

(Estadão Conteúdo)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.