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MST ‘invade’ Brasília e entra em confronto com a polícia

Integrantes do MST tomaram a Esplanada dos Ministérios, bloquearam vias e derrubaram grades de proteção do Supremo Tribunal Federal

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 12 fev 2014, 16h01
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  • (Atualizada às 18h30)

    Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) invadiram a Esplanada dos Ministérios nesta quarta-feira e entraram em confronto com a Polícia Militar na Praça dos Três Poderes, em Brasília. Segundo a PM, 22 policiais ficaram feridos por pedras e pedaços de madeira arremessados pelos sem-terra.

    De acordo com a PM, cerca de 15.000 sem-terra estão espalhados nos arredores da Praça dos Três Poderes, que interliga o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal. Por volta das 16h30, houve tumulto e a PM usou bombas de gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes.

    A segurança do prédio do Congresso Nacional, que terá sessão noturna para votar a cassação do mandato do deputado-presidiário Natan Donadon (RO), foi reforçada. O Palácio do Planalto está cercado por grades de contenção.

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    A presidente Dilma Rousseff, que não está no Palácio do Planalto nesta tarde, prometeu receber líderes do MST na quinta-feira. Eles participam de um congresso do MST em Brasília e reclamam de “estagnação” da reforma agrária no país.

    A sessão do Supremo Tribunal Federal (STF) chegou a ser interrompida pelo ministro Ricardo Lewandowski, que a presidia, em razão de um alerta da segurança de risco de invasão da Corte. Ao passarem em frente ao tribunal, alguns manifestantes derrubaram grades de proteção.

    O MST, como já mostrou VEJA em diversas reportagens, é comandado por agitadores profissionais que, a pretexto de lutar pela reforma agrária, se valem de uma multidão de desvalidos como massa de manobra para atingir seus objetivos financeiros. Sua arma é o terror contra fazendeiros e também contra os próprios assentados que se recusam a cumprir as ordens dos chefões do movimento e a participar de saques e atos de vandalismo. Com os anos, o movimento passou por um processo de mutação. Foi-se o tempo em que seus militantes tentavam dissimular as ações criminosas do grupo invocando a causa da reforma agrária. Há muito isso não acontece mais. Como uma praga, o MST ataca, destrói, saqueia – e seus alvos, agora, não são mais apenas os chamados latifúndios improdutivos.

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