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Chega a 25 o número de mortes por coronavírus no Brasil

Foram sete vítimas fatais em decorrência da Covid-19 nas últimas 24 horas, todas contabilizadas em São Paulo; ministro Mandetta alertou sobre as fake news

Por Cássio Bruno Atualizado em 22 mar 2020, 19h48 - Publicado em 22 mar 2020, 17h20

O Ministério da Saúde confirmou neste domingo 22 o aumento do número de mortes por coronavírus no Brasil. As vítimas fatais do Covid-19 subiram de 18 para 25, sete a mais do que o último dado divulgado, todas no Estado de São Paulo. Os casos confirmados de ontem para hoje também cresceram de 1 128 para 1 546.  As informações foram divulgadas pelo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.

Em uma longa entrevista coletiva, Mandetta alertou ainda para a circulação de um áudio falso, atribuído a ele. “Hoje era um dia que tinha tirado para dormir e descansar um pouco. Mas vários amigos me ligaram perguntando: ‘Essa voz é sua?’. Fizeram um áudio, dizendo que era a minha voz, falando determinada coisa. Estou aqui para dizer que não gravo nada em áudio. Nunca fiz. Nem sei como usar. Tudo que falo será frente às câmeras”, afirmou Mandetta.

A Região Sudeste, até o momento, lidera: 926 casos confirmados da doença (representa 59,9% em todo o país), sendo 22 mortes em São Paulo e três no Rio de Janeiro. A Regão Sul registrou 179 (11,6%); o Nordeste, 231 (14,9%); o Centro-Oeste, 161 (10,4%); e o Norte, com 49 infectados (3,2%) com o coronavírus.

No estado do Rio, o número de casos chegou a 186. As três mortes foram nos municípios de Niterói, na Região Metropolitana; em Petrópolis, na Região Serrana; e em Miguel Pereira, no Centro-Sul Fluminense. Na capital, houve um salto de 103 casos confirmados no último sábado para 170 neste domingo, segundo o último boletim da prefeitura, aumento de 60,5% no número de doentes com o novo coronavírus.

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Os casos confirmados por estados estão divididos assim: São Paulo (631), Rio de Janeiro (186), Minas Gerais (83), Espírito Santo (26), Distrito Federal (117), Goiás (21), Mato Grosso do Sul (21), Mato Grosso (2), Rio Grande do Sul (72), Paraná (50), Santa Catarina (57), Pernambuco (37), Ceará (112), Sergipe (10), Bahia (49), Paraíba (1), Maranhão (2), Piauí (4), Rio Grande do Norte (9) Alagoas (7), Rondônia (3), Tocantins (2), Pará (4), Amazonas (26), Amapá (1), Roraima (2) e Acre (11).

Na coletiva deste domingo, Luiz Henrique Mandetta comentou sobre medidas restritivas que estão sendo adotadas pelos estados e por municípios. O ministro da Saúde pediu “bom senso”. Ele alertou sobre o uso político eleitoral do coronavírus por prefeitos que disputarão a reeleição em outubro deste ano e também por pré-candidatos de oposição. “É melhor pensarmos nas próximas gerações que nas próximas eleições”, disse.

Mandetta ressaltou que o governo vai estimular a produção de novos respiradores para atender os pacientes mais graves. Anunciou também o aumento da capilaridade de leitos para tratar os doentes no país. O ministro afirmou ainda que não é prudente a realização de cultos e missas em igrejas. Segundo ele, algumas prefeituras decidiram interromper o sistema de ônibus ”abruptamente” e, por isso, profissionais da saúde não conseguiram chegar ao trabalho.

“É preciso definir o que é essencialidade, para que a gente não faça de uma paralisação total um remédio mais duro do que o próprio vírus, e esse remédio possa inviabilizar a nossa vida”, afirmou. “É preciso que haja bom senso entre os governantes e pontos de equilíbrio”, completou. O ministro ainda pediu a população cuidado especial com idosos.

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Ele disse ainda que, em hipótese nenhuma, se pronunciará por áudios de aplicativos de conversas, como o WhatsApp. De acordo com Mandetta, pessoas que espalham fake news (notícias falsas) são doentias. “Os doentes das fake news gostam de se travestir da autoridade ou de ‘pseudoautoridade’ de alguém para poder espalhar notícias (falsas) e assustar as pessoas”.

O ministro lembrou que somente 15% das pessoas que serão contaminadas deverão, de fato, precisar serem internadas. De acordo com o ministro, o Brasil terá menos casos graves porque a maioria da população é jovem. Para ele, o coronavírus poderia ser mais uma forte gripe caso já houvesse uma vacina e os casos estivessem sido distribuídos ao longo do ano.

Já o secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson Oliveira, que participou da entrevista coletiva, disse que novos testes rápidos chegarão nas próximas semanas e serão doados pela Vale do Rio Doce. De acordo com ele, a produção será feita por uma empresa chinesa e são aprovados por agências reguladoras da China e pela Comissão Europeia, mas ainda não são validados pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Wanderson Oliveira ainda afirmou que os profissionais de saúde terão prioridade nos testes que dão o resultado em questão de minutos. A estratégia é reconhecer entre aqueles que tenham apresentado algum sintoma da doença, quais poderão voltar ao trabalho.

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