Morreu na manhã deste domingo, 17, em Salvador, o ex-piloto de Stock Car Tuka Rocha, vítima da queda de um jato executivo em Maraú, na quinta-feira, 14. A informação foi confirmada pela Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab). Tuka é a terceira morte confirmada após o acidente. Outras sete pessoas continuam internadas.
Christiano Chiaradia Alcoba Rocha, 36 anos, conhecido como Tuka Rocha, morreu às 6h20, no Hospital Geral do Estado (HGE), na capital baiana. Ele estava na unidade desde sexta-feira (15), quando havia sido transferido do Hospital Municipal de Salvador. Tuka teve 80% do corpo queimado.
O ex-piloto estava entubado para se recuperar de intoxicação causada pela inalação de gases tóxicos e de queimaduras superficiais. Ele passou por cirurgia durante a madrugada de sexta para a limpar as queimaduras. Ontem, os médicos informaram à família que seu estado era irreversível.
A queda do avião deixou duas outras vítimas fatais: Marcela Elias, figura muito conhecida na alta sociedade paulistana, e sua irmã Maysa. Marcela era casada com Eduardo Elias, filho de Jorge Elias, um dos maiores decoradores do Brasil, e Lucila. Marcela, que era jornalista e atuou por muitos anos como relações públicas, morreu carbonizada.
O avião transportava amigos e parentes para um final de semana na Bahia. Também estavam a bordo Eduardo Mussi (irmão do deputado Guilherme Mussi), Cristiano Rocha, Marcelo Constantino Alves, Marie Cavelan, Fernando Oliveira e o piloto da aeronave, Aires Napoleão Guerra.
Segundo a prefeitura de Maraú, a aeronave pegou fogo — ainda não se sabe se devido a algum problema que pode ter causado a queda ou se em função do choque com o solo, ocorrido por volta das 14h.
Em entrevista ao programa Brasil Urgente, da TV Bandeirantes, o deputado estadual de São Paulo Delegado Olim (PP) informou que os passageiros do avião são da família do deputado federal licenciado Guilherme Mussi (SP), presidente do PP em São Paulo.
“Eles têm uma fazenda lá em Maraú, essa pista é da família. Foi descer o avião e pegou fogo. O irmão dele estava com a esposa, a moça que morreu é irmã da mulher dele [do irmão de Mussi], tem uma criança também. Eles estavam em oito no avião. O irmão dele conseguiu falar com o pai dele, que está fora do Brasil, está todo mundo meio em estado grave no hospital. Até está mandando um avião UTI para a Bahia para ver se vão transferir alguém pra cá”, relatou Olim.
O bimotor pertence ao banqueiro José João Abdalla Filho, conhecido como Juca Abdalla, dono do Banco Clássico e um dos homens mais ricos do Brasil. A reportagem entrou em contato com o banco, que não forneceu nenhuma informação sobre a aeronave ou sobre o paradeiro do proprietário.
De acordo com o Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB), o bimotor prefixo PT-LTJ, registrado em nome de Abdalla, foi fabricado em 1981, adquirido em agosto de 2015, e estava com o certificado de aeronavegabilidade em situação regular. Registrado para realizar serviços aéreos privados, o bimotor não pode ser utilizado como táxi-aéreo comercial.